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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Estudo indica dez florestas mais ameaçadas do mundo



Mata Atlântica está na lista, feita pela ONG Conservação Internacional.
Nações Unidas lançam 2011 como o 'Ano Internacional das Florestas'.


A organização não governamental (ONG) Conservação Internacional (CI) lançou nesta quarta-feira (2) uma pesquisa que lista as dez florestas mais ameaçadas em todo o mundo. A divulgação do estudo ocorre na mesma data em que a Organização das Nações Unidas (ONU) promove oficialmente 2011 como o "Ano Internacional das Florestas".

Todas as florestas consideradas como as mais ameaçadas pela CI já perderam 90% ou mais de sua cobertura vegetal e cada uma abriga pelo menos 1.500 espécies que só existem em nível local. De acordo com a ONG, as áreas têm espécies que estão sob o risco de extinção.

O bioma brasileiro da Mata Atlântica aparece como a quinta vegetação mais ameaçada do mundo, das quais restam apenas 8% da cobertura original, segundo a ONG. Já a floresta com maior risco de extinção fica na Indo-Birmânia, na Ásia, e já teve 95% de sua vegetação original destruída.

A lista da CI segue com a segunda vegetação mais ameaçada, que está em florestas tropicais da Nova Zelândia, também com 5% de cobertura original, seguida da floresta de sunda, na Indonésia, Malásia e Brunei (7% de cobertura original), a de Filipinas (7%), a Mata Atlântica no Brasil (8%), as montanhas das regiões central e sul da China (8%) e florestas da Califórnia, nos EUA (10%).

De acordo com a ONG, a oitava floresta mais ameaçada do mundo fica na costa oriental da África e tem 10% da vegetação original, seguida de florestas em Madagascar e em ilhas do Oceano Índico, ainda na África (10% de cobertura original) e das florestas de Afromontane, no mesmo continente, com 11% da vegetação original.

As ONU escolheu 2011 como o "Ano Internacional das Florestas" para chamar a atenção sobre a necessidade de preservação desses locais pelo mundo. De acordo com o órgão, as florestas cobrem 30% da área do Planeta, mas abrigam 80% da biodiversidade mundial.


Segundo ONG, floresta mais ameaçada, na Ásia, teve 95% de sua mata destruída.

Fonte: http://g1.globo.com

Recifes naturais de ostra pelo mundo estão quase extintos, diz estudo


Recife de ostra em restauração para medir eficiência de proteção no Alabama, EUA.

Pesquisa publicada na edição de fevereiro da revista científica BioScience e divulgada nesta quinta-feira (3) aponta que 85% dos antigos recifes naturais de ostras pelo mundo já foram destruídos. As áreas naturais, que não incluem a produção do molusco em fazendas marítimas específicas, por exemplo, eram abundantes no passado.O estudo lista esses locais pelo mundo e os classifica desde "bons" para a presença atual de ostra até "funcionalmente extinto", quando há menos de 1% dos recifes originais instalados. É o caso do Mar Frísio e da Baía de Narragansett, ambos na Europa, por exemplo.

Segundo a pesquisa, a exploração de populações selvagens e a ocorrência de doenças, na maioria das vezes causadas pela introdução de espécies não-nativas, constituem os principais motivos para a extinção de recifes de ostras pelo mundo.
Para a conclusão do estudo, pesquisadores da organização não governamental (ONG) The Nature Conservancy e da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, nos EUA, examinaram recifes de ostras em 144 baías e outras 44 áreas no mundo. A equipe também considerou estatísticas históricas de captura do molusco em cada país.

Preservação florestal torna-se tema central da ONU em 2011


Diante do cenário ambiental crítico, o desafio da ONU é aproximar cidadãos do mundo todo em torno de um projeto comum: preservar a mata, que cobre só 31% das terras do planeta. Maior reserva verde ainda está no Brasil

O planeta deve registrar ainda em 2011 a marca de 7 bilhões de habitantes. À medida que a população se expande – e exige cada vez mais recursos naturais e espaço no globo –, a cobertura florestal se extingue. Atualmente, as florestas ocupam apenas 31% das áreas de terra do planeta.

É também em 2011 que as Nações Unidas decidiram promover o Ano Internacional das Florestas. Nesta quarta-feira (02/02), uma sessão em Nova York marca o início das atividades para "promover a consciência e fortalecer uma gestão, conservação e desenvolvimento sustentável", diz o órgão. O desafio, no entanto, é transformar essa aspiração em soluções práticas e estimular o envolvimento dos cidadãos que vivem nas cidades.

Na prática

As Nações Unidas estimam que 1,6 bilhão de pessoas dependam das florestas para sobreviver e que, no mundo todo, as matas sejam a casa de 300 milhões de indivíduos. Esse ambiente é o habitat de 80% da biodiversidade existente no planeta.

Apesar dos argumentos convincentes lançados pela ONU para estimular a preservação, o desmatamento ainda é um inimigo presente na busca pelo desenvolvimento sustentável. Um estudo da organização Conservação Internacional (CI) divulgado nesta quarta-feira, identificou as dez florestas mais ameaçadas do mundo – o Brasil aparece na lista com os apenas 8% que restaram da Mata Atlântica.

"As florestas não podem ser vistas apenas como um grupo de árvores, mas como fornecedores de benefícios vitais. Elas são importante fator econômico no desenvolvimento de diversas cidades, fornecendo madeira, alimento, abrigo e recreação, e possuem um potencial ainda maior que precisa ser percebido em termos de provisão de água, prevenção de erosão e remoção de carbono", argumenta Olivier Langrand, da CI.

A derrubada da floresta também agrava os efeitos das mudanças climáticas, e é responsável por até 20% das emissões mundiais de gases do efeito estufa.


Queimada e derrubada ilegal em Madagascar, na África

Do Brasil para o mundo

A maior reserva de floresta tropical do mundo está em solo brasileiro – o bioma Amazônia ocupa 49% do território nacional. O ritmo de destruição acelerado parece ter se acalmado entre agosto de 2009 e julho de 2010, quando os satélites que vigiam a floresta detectaram uma diminuição de 13,6% do desmatamento em relação ao período anterior.

Na fila de projetos do Congresso Nacional, no entanto, o polêmico plano que altera o Código Florestal vai na contramão do Ano Internacional das Florestas.

Entre as mudanças mais controversas estão a redução de 30 metros para 15 metros das áreas de preservação permanente nas margens de rios, a isenção de reserva legal para a agricultura familiar e o perdão para quem nunca obedeceu a legislação vigente. Ou seja, quem desmatou de forma criminosa não precisará pagar por isso.

Depois de 2011

Diante do cenário global ambiental pouco animador, a campanha internacional encabeçada pela ONU quer evidenciar também as desvantagens para a humanidade trazidas pela diminuição da área verde.

As Nações Unidas lembram que o desaparecimento das florestas coloca em xeque o abastecimento sustentável de água, o fornecimento de plantas medicinais à indústria da saúde – equivalente a 108 bilhões de dólares por ano–, o risco do aumento da propagação de doenças como malária. E, o que é mais ameaçador, a sobrevivência dos próprios seres humanos.


Fonte:http://www.dw-world.de/

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

WWF: mundo pode poupar US$ 5,4 tri aderindo às energias limpas



O grupo ambientalista WWF divulgou um estudo nesta terça-feira que afirma que uma troca radical do uso de combustíveis fósseis por fontes limpas de energia poderia representar, no prazo de 40 anos, uma economia de US$ 5,5 trilhões ao ano, bem como combater as mudanças climáticas.

O "Relatório Energético", produzido pelo WWF e a empresa de consultoria Ecofys, analisa o cenário de um esforço concertado para substituir combustíveis fósseis com alta concentração de carbono, como petróleo, carvão e gás, por 95% de fontes de energia limpa até 2050, o que exigiria um investimento "maciço".

Segundo o documento, embora tal mudança seja "radical para o curso atual da humanidade", além de ambiciosa, é tecnicamente possível, além de inevitável reduzir as emissões de carbono e combater o aquecimento global. O relatório também destacou os benefícios econômicos desta mudança, apesar do investimento de US$ 4,8 trilhões por ano, necessário ao longo do próximo quarto de século.

De acordo com o relatório, atualmente 80% da energia utilizada no mundo têm origem em combustíveis fósseis, e os investimentos em energia limpa em todo o mundo alcançaram US$ 151 bilhões em 2009. "Em 2050, nós economizaríamos cerca de 4 trilhões de euros (US$ 5,5 trilhões) ao ano com eficiência energética e custos reduzidos de combustíveis em comparação com um cenário 'business-as-usual' (em que são mantidas as variáveis atuais)", acrescentou.

Apesar dos enormes custos envolvidos na troca, o equilíbrio se restabeleceria por volta de 2040, acrescentou o relatório. De acordo com o WWF, a economia obtida com o fim dos subsídios ao petróleo, gás e carvão em todo o mundo somaria entre US$ 500 bilhões e US$ 800 bilhões ao ano dependendo dos preços do óleo bruto, com base em estimativas recentes da Agência Internacional de Energia (AIE) e da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O documento também projetou que as medidas gerariam uma queda líquida de 15% na demanda global de energia em 2050, mesmo com o crescimento populacional, a expansão industrial e a riqueza crescente das populações. À parte das mudanças de grande porte mais comumente defendidas no uso de combustíveis para o transporte e o abastecimento de energia, o documento identificou um enorme leque de medidas de redução do uso de energia relativas ao modo de vida.

Neste sentido, defendeu a redução à metade do consumo de carne em países ricos para reduzir o aumento das emissões de metano de origem animal, mas recomendou seu aumento em um quarto nos países pobres, atendendo a necessidades sanitárias e nutricionais em ambos os casos.

Também defendeu um melhor isolamento térmico, o uso de energia solar e de bombas geotérmicas para residências e escritórios, inclusive a reforma de construções existentes em uma taxa de 2% a 3% da área existente por ano.

O ministro saudita do Petróleo e Energia, Ali Ibrahim Al-Naimi, previu em um fórum das Nações Unidas celebrado esta semana em Genebra que o mix energético mundial deveria atender à proporção de 50% de fonte petrolífera e 50% de fontes renováveis e outras.

O homem forte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) reforçou a ideia de um crescimento de quase 40% nas necessidades energéticas totais nas próximas décadas, previstas pela AIE, sobretudo devido ao aumento da demanda de petróleo em países emergentes como Brasil e China. "O mundo não pode se dar ao luxo de descartar uma fonte de energia em particular", argumentou Naimi, que apoiou a adoção de medidas tecnológicas para reduzir a poluição e as emissões advindas do petróleo