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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Emissão de CO2 aumenta acidez do oceano e prejudica corais, diz estudo

Mudanças causadas pelo homem são cem vezes maiores que as naturais. Em 90 anos, calcificação de corais e moluscos pode cair 40%.


O aumento da acidez dos oceanos verificado nos últimos 100 a 200 anos foi muito maior que as transformações que ocorreriam naturalmente, sem a interferência da ação do homem. A conclusão é de um time de cientistas internacionais ligados ao Centro de Pesquisa Internacional do Pacífico, da Universidade do Havaí, em um estudo publicado neste domingo (22), na "Nature Climate Change".

De acordo com a pesquisa, cerca de 65% do gás proveniente de atividades humanas entram no mar e, em contato com a água salgada, aumentam sua acidez. O fenômeno reduz a taxa de calcificação de organismos marinhos, como corais e moluscos.
Espécie ameaçada de coral Acropora (Foto: Albert Kok/Wikimedia Commons )Espécie ameaçada de coral Acropora (Foto: Albert Kok/Wikimedia Commons)

As conclusões do estudo são baseadas em simulações de condições do clima e do oceano verificadas na Terra nos últimos 21 mil anos, desde a última Era Glacial até o século 21. Durante as simulações, os pesquisadores analisaram o nível de concentração do aragonito, um tipo de carbonato de sódio que ajuda a medir a acidez dos oceanos. Quanto mais ácida é a água do mar, menor é a quantidade de aragonito.



Espécie ameaçada de coral Acropora (Foto: Albert Kok/Wikimedia Commons)

Os resultados obtidos revelaram que o nível atual de aragonito é cinco vezes menor que o verificado na fase pré-industrial. De acordo com a pesquisa, essa redução pode representar uma queda de 15% na calcificação de corais e moluscos. Já nos próximos 90 anos, a redução da calcificação pode cair 40% em relação aos valores pré-industriais, considerando o contínuo uso de combustíveis fósseis, que emitem CO2.

“Em algumas regiões, as mudanças na acidez do oceano provocadas pelo homem desde a Revolução Industrial são cem vezes maiores que as mudanças naturais verificadas entre a última Era Glacial e os tempos pré-industriais”, disse Tobias Friedrich, um dos cientistas que lideraram a pesquisa, em material de divulgação.

Segundo ele, após o fim do último período glacial, a concentração de CO2 atmosférico aumentou de 190 partes por milhão (ppm) para 280 ppm ao longo de seis mil anos. Assim, os ecossistemas marinhos tiveram tempo suficiente para se adaptar. Já o aumento para o nível atual, de 392 ppm, levou apenas entre 100 e 200 anos, prejudicando a vida marinha.

De acordo com a pesquisa, os corais são vistos em locais com concentração de aragonito presentes em 50% do oceano atualmente. Até o final do século 21, essas condições seriam encontradas em apenas 5%.

“Nosso estudo sugere que severas reduções devem ocorrer na diversidade, complexidade e resistência dos corais até metade deste século”, afirmou o co-autor do estudo, Alex Timmermann.

Fonte: Terra

SP deixa de fornecer sacolas plásticas essa semana



Na quarta-feira (25), pelo menos 80% dos supermercados do Estado de São Paulo deixarão de fornecer sacolas plásticas para seus clientes. Caixas de papelão e sacolas retornáveis são as opções mais comuns oferecidas pelas redes. Quem quiser, também poderá adquirir sacolas biodegradáveis por cerca de 0,20 centavos.

A iniciativa de tirar as sacolas dos caixas é fruto de um acordo entre a Associação Paulista dos Supermercados (Apas) e o governo do Estado de São Paulo. Preferiu-se este caminho à adoção de uma lei. "Optamos pelo diálogo com o setor", afirma o secretário do Meio Ambiente, Bruno Covas.

"O acordo é voluntário por parte das redes", diz Covas. Ele recorda que algumas cidades, como Jundiaí, chegaram a aprovar legislações para proibir as sacolas, mas foram julgadas inconstitucionais. No caso de Jundiaí, a prefeitura assinou depois um acordo com os supermercados locais e obteve o resultado que não alcançara com a lei.

Para ambientalistas e gestores públicos, a medida tem um importante valor simbólico. Apesar de as sacolas só representarem uma pequena parcela do volume total de lixo descartado, têm o mérito de trazer para o cotidiano das pessoas a preocupação com a sustentabilidade, aponta Fernanda Daltro, gerente de consumo sustentável do Ministério do Meio Ambiente. "As pessoas aprenderão a separar o lixo seco do úmido, que é o que realmente precisa da sacola plástica para não fazer sujeira."

Outro lado. "Essa lei foi aprovada por interesse econômico (dos supermercados) e não ambiental ou social", critica Miguel Bahiense, presidente da Plastivida, entidade que representa institucionalmente o setor dos plásticos. Ele estima em R$ 500 milhões a economia das redes com a restrição. "Vão repassar essa economia para os clientes? Duvido."

Ligia Korkes, gerente de Sustentabilidade do Grupo Pão de Açúcar - dono da rede homônima e do Extra -, afirma que o dinheiro obtido com a economia das sacolas plásticas e com a venda das sacolas retornáveis será revertido para ações de sustentabilidade do grupo.

Fonte:http://planetasustentavel.abril.com.br/

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Mais de 90 baleias-piloto encalham na Nova Zelândi

Mais de 90 baleias-piloto foram encontradas encalhadas na Nova Zelândia, o terceiro fato do tipo durante este verão, informam as autoridades locais.

Os cetáceos foram descobertos na manhã desta segunda-feira por um avião que sobrevoava uma remota praia de Golden Bay, ao norte das ilhas do Sul.

O dispositivo de resgate tentou que as baleias retornassem para águas mais profundas, embora a "confusão" dos mamíferos e a maré baixa tenha impedido o resgate, disse John Mason, diretor do Departamento de Conservação (DOC) da Nova Zelândia

Cerca de 50 pessoas, dez trabalhadores do DOC e 40 voluntários, foram para a região para manter os animais com vida, enquanto se espera a alta da maré para retomar as operações de resgate.

O diretor do organismo conservacionista explicou que é "incomum" que aconteçam três eventos do mesmo tipo durante um mesmo verão.

Fonte: www.1.folha.uol.com.br