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sábado, 24 de abril de 2010

Palhaçada: Zoológico da China permite que visitantes montem em tigre



Um zoológico chinês recebeu críticas ao permitir que visitantes acariciem e até simulem montar em um tigre. Os clientes do zoo Wenzhou, na província de Zhejiang, podem posar para fotografias enquanto fingem que estão montados no animal. As informações são do Orange News.

De acordo com a reportagem, o zoológico tem um show de 20 minutos com grandes felinos e, após a apresentação, o público pode tocar o tigre enquanto três homens observam o animal e um quarto tira fotos por 30 yuans (R$ 7,69).

Ainda segundo a reportagem, a mulher insiste que é completamente seguro e que o tigre teve os dentes e garras lixados. "O zoo não deveria permitir que um tigre pose para fotos com pessoas, por razões de segurança e pelos direitos do animal", diz o turista Lao Shibo. O zoológico diz que a apresentação é independente e que o local é apenas alugado par os responsáveis.

Fonte:www.terra.com.br

Fungo Mortal para humanos

Uma nova cepa de microfungo, fatal para o homem e presente no Oregon, noroeste dos Estados Unidos, pode estar se propagando para a Califórnia e regiões vizinhas, advertem biólogos americanos.

O Cryptococcus gattii fungi ou C. gattii é encontrado no solo ou em suspensão no ar, e foi identificado pela primeira vez em 2005, mas os casos de infecção por este microfungo ainda são raros.

Ao contrário da gripe e de outras enfermidades infecciosas, o microfungo não representa risco de epidemia, já que não é transmitido em contato entre humanos ou com animais.

Mas "este novo microfungo preocupa porque parece perigoso para indivíduos com boa saúde", disse Edmond Byrnes, pesquisador do departamento de genética molecular e microbiologia da Faculdade de Medicina da Duke University (Carolina do Norte), um dos autores do estudo publicado na revista PloS Pathogens de 22 de abril.

"Normalmente observamos estas doenças fúngicas em pessoas com o sistema imunológico debilitado, como pacientes de transplante ou vítimas da Aids", explicou Byrnes.

A taxa de mortalidade provocada pelo fungo do Oregon foi de 25% nos 21 casos analisados nos Estados Unidos.

O C. gattii infecta pulmões e cérebro, provocando pneumonia e meningite. Os sintomas não aparecem antes de dois meWses, sob a forma de febre e tosse persistentes quando atinge os pulmões.

Fonte:Terra

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Aquecimento dos oceanos e o Efeito Estufa


As águas dos oceanos estão mais quentes. Mais do que se imagina. Não é só o fenômeno El Niño, que eleva a temperatura da superfície do Oceano Pacífico e provoca chuvas torrenciais na Região Sudeste. Nem só o fato de o Oceano Atlântico ter estado mais quente este ano: nas chuvas que desabaram sobre o Rio em abril, o aumento de 1,5 grau contribuiu para a intensidade das tempestades, causando mais evaporação e trazendo umidade extra ao litoral. Cientistas publicaram esta semana um artigo na revista Science no qual estimam que os oceanos absorvam cerca de 90% da energia solar que fica presa na Terra por causa dos gases do efeito estufa.

Eles descobriram este fenômeno ao perceberem que as atuais ferramentas de medição do aquecimento global não captam nem metade do calor, que especialistas acreditam ter aumentado na Terra nos últimos anos. Sensores de satélite, boias oceânicas e outros instrumentos seriam, segundo eles, inadequados para rastrear esse calor não detectado, que deve estar aumentando nas profundezas dos oceanos.

E embora instrumentos de satélites indiquem que gases de efeito estufa continuem a prender mais energia solar no planeta, cientistas não têm sido capazes de determinar para onde exatamente o calor está indo.

- Ou as observações de satélite estão incorretas, ou, o que é mais provável, grandes quantidades de calor estão penetrando em regiões que não são adequadamente medidas, assim como as partes mais profundas dos oceanos - diz Kevin Trenberth, principal autor do estudo e cientista do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica (NCAR), dos EUA.

Segundo os cientistas, algum aumento de calor pode ser detectado entre profundidades de cerca de mil a dois mil, porém mais calor deve estar em locais mais profundos, além do alcance dos sensores de oceanos.

- Este calor vai nos assombrar mais cedo ou mais tarde - diz Trenberth, principal autor do estudo e cientista do NCAR. - É fundamental rastrear a elevação da energia em nosso sistema climático para que possamos entender o que está acontecendo e prever nosso clima futuro.

Trenberth e o co-autor, John Fasullo, se concentraram em um mistério central das mudanças climáticas. Segundo eles, as temperaturas da superfície da Terra têm sido regulares nos últimos anos. Ainda assim, o derretimento de geleiras e do gelo do mar do Ártico, e os níveis do mar cada vez mais elevados indicam que o aquecimento continua a ter profundos efeitos sobre o planeta.

Instrumentos de satélite mostram um desequilíbrio crescente entre a energia do Sol entrando na atmosfera e a energia deixando a superfície da Terra. Esse desequilíbrio é a fonte do aquecimento global de longo prazo. Rastrear a quantidade crescente de calor na Terra é mais complicado do que medir temperaturas na superfície do planeta.

Trenberth e Fasullo querem sensores de oceanos adicionais, junto com análise de dados mais sistemática e novas abordagens para calibrar instrumentos de satélite, para ajudar a resolver o mistério. As boias que os pesquisadores começaram a empregar no ano 2000 para medir temperaturas dos oceanos, por exemplo, estão separadas por cerca de 300 quilômetros, e fazem leituras a cada dez dias de uma profundidade de cerca de dois mil metros até a superfície. Há planos para ter mais boias desse tipo capazes de medir o calor em profundidades maiores.

- Nossa preocupação é que nós não somos capazes de monitorar inteiramente ou entender o desequilíbrio. Isso revela uma lacuna em nossa capacidade de observar o aumento do calor em nosso sistema climático - diz Fasullo.

Fonte: Terra

Estudo: sushi de alta qualidade tem mais mercúrio que os demais


Um estudo realizado nos Estados Unidos indica que o nível de mercúrio encontrado em algumas espécies de atum - principalmente aquelas utilizadas em sushis de alta qualidade - é maior do que outras espécies utilizadas em sushis mais simples, inclusive os vendidos em supermercados. De acordo com a pesquisa, de maneira geral, todas as espécies de atum tem alto nível de mercúrio sendo, em média, acima do considerável seguro para o consumo em um dia pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos e maior do que o permitido no Japão. As informações são da Live Science.

Os cientistas pesquisaram sushis vendidos em 54 restaurantes e 15 supermercados de Nova York, Nova Jersey e Colorado. A amostras passaram por teste de DNA para identificar de que espécies vieram.

No atum akami, os níveis de mercúrio estavam acima do permitido pelo governo americano. Os pesquisadores afirmam que um dos motivos para essa espécie ter níveis altos é que o mercúrio costuma acumular mais nos músculos do que na gordura.

Por outro lado, o atum albacora apresentou baixos níveis do mineral. Os cientistas afirmam que essa espécie é menor e costuma se alimentar menos que as outras, além de ser pescada mais jovem, o que leva a uma menor acumulação de mercúrio que as demais.

Os riscos à saúde
O mercúrio é tóxico para os seres humanos. Durante a gestão, pode levar a problemas cognitivos para o feto e futuras dificuldades de aprendizagem - os cientistas alertam para mulheres que pretendem ter filhos para que evitem alimentos que possam conter mercúrio, em especial o atum. Para crianças e adultos, pode causar problemas neurológicos e de mobilidade. Os pesquisadores afirmam que comer carne de atum duas a três vezes por semana ou sushi feito com atum de três a quatro vezes por semana pode levar até a uma intoxicação.

Fonte: www.terra.com.br

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Cientistas realizam censo da "vida marinha invisível"



Cientistas estão perto de terminar um levantamento das criaturas invisíveis a olho nu que vivem no fundo dos oceanos do planeta. O projeto faz parte do Censo da Vida Marinha que deve ser concluído até outubro. O censo vem sendo realizado há dez anos e envolve 14 projetos, dos quais quatro têm o objetivo de catalogar a variedade e a quantidade das criaturas microscópicas que estão no início da cadeia alimentar do planeta.

De acordo com os pesquisadores, é fundamental conhecer e entender essas espécies "invisíveis" para compreender o tamanho, a dinâmica e a estabilidade da cadeia alimentar, do ciclo de carbono e de outros processos fundamentais para a vida na Terra. Entre as descobertas mais recentes está uma imensa colônia de micróbios na costa oeste da América do Sul que cobre uma área equivalente ao território da Grécia - que já está sendo considerada uma das maiores aglomerações de vida já vistas.

O Censo da Vida Marinha envolve mais de 2 mil cientistas de mais de 80 países, em uma das maiores colaborações científicas internacionais já realizadas.

Vida nova
Calcula-se que o número de micróbios nos oceanos fique na ordem de 10 à 30ª potência, ou 1 nonilhão. Se fossem reunidas e retiradas do mar, as criaturas microscópicas pesariam o equivalente a 240 bilhões de elefantes africanos. Estes seres constituem algo entre 50% e 90% da biomassa dos oceanos e são considerados vitais para o funcionamento do planeta. No entanto, só nos últimos dez anos a tecnologia possibilitou revelar a extensão da diversidade de vida.

"Em nenhuma outra área da vida oceânica a magnitude das descobertas do censo foi tão extensa quanto no mundo dos micróbios", disse o coordenador da pesquisa sobre micróbios, Mitch Sogin, do Laboratório de Biologia Marinha em Woods Hole, Massachussetts, nos Estados Unidos.

Banco de dados
A pesquisa extraiu amostras de 1,2 mil locais no mundo e criou um banco de dados com 18 milhões de sequências de DNA, todas de micróbios. O resultado disso é que a comunidade científica está revendo dramaticamente estimativas anteriores de biodiversidade: podem existir até cem vezes mais gêneros (a categoria entre família e espécie) de micróbios do que se acreditava até então.

Até o momento, de acordo com o vice-presidente do conselho científico do projeto, John Baross, da Universidade de Washington, foram identificados e isolados cerca de 20 mil micróbios marinhos.

No entanto, o censo indica que, dentro de um intervalo de tamanho determinado, mais de 20 milhões de tipos de bactérias vivam no oceano. "O número total de espécies de micróbios marinhos, incluindo tanto dos grupos bacteria quanto archea, baseando-se na caracterização molecular, esteja provavelmente perto de 1 bilhão", afirmou Baross.

Fonte: http://www.terra.com.br

domingo, 18 de abril de 2010

AJUDEM POR FAVOR!!!


O mês de abril é uma época perigosa para as baleias nas águas norueguesas, pois marca o início da estação de caça. Em 2010, chegaremos ao número de 1.286 baleias minke que serão mortas com arpões explosivos e tiros. Diga à Noruega que isso é inaceitável, AGORA!

Participem do abaixo assinado que será entregue à Noruega antes da realização do encontro anual da Comissão Internacional da Baleia, que será realizado em junho.

Acesse:
http://e-activist.com/ea-campaign/clientcampaign.do?ea.client.id=24&ea.campaign.id=6156

Vamos ajudar quem nunca tem a chance de protestar.

Para ler um pouco mais sobre essa campanha acesse:
http://edubiomar.blogspot.com/2010/04/caca-as-baleias-na-noruega-sera-maior.html

Bactéria contra dengue


Agência FAPESP – Uma bactéria que pode bloquear a duplicação do vírus da dengue em mosquitos foi descoberta por cientistas da Universidade do Estado de Michigan, nos Estados Unidos.


O achado poderá ajudar no desenvolvimento de tratamentos contra a doença que ameaça cerca de 2,5 bilhões de pessoas em todo o mundo e para o qual atualmente não existe vacina.


“Na natureza, cerca de 28% das espécies de mosquitos são hospedeiros da bactéria Wolbachia, mas esse não é o caso do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. Verificamos que a Wolbachia é capaz de parar a duplicação do vírus da dengue e, se não houver vírus no mosquito, ele não se espalhará para as pessoas. Ou seja, a transmissão da doença poderia ser bloqueada”, disse Zhiyong Xi, um dos autores do estudo.


O estudo foi publicado na edição de abril da revista PLoS Pathogens. Xi e colegas introduziram a bactéria em mosquitos Aedes aegypti por meio da injeção do parasita em embriões.


Os pesquisadores mantiveram a Wolbachia em insetos no laboratório por quase seis anos, com a bactéria sendo transmitida de uma geração a outra.


Quando um macho com a bactéria cruza com uma fêmea não infectada, a Wolbachia promove uma anormalidade reprodutiva que leva à morte precoce de embriões.


Mas a Wolbachia não afeta o desenvolvimento embrionário quando tanto o macho como a fêmea estão infectados, de modo que a bactéria pode se espalhar rapidamente, infectando uma população inteira de mosquitos. A bactéria não é transmitida dos mosquitos para humanos.


Um estudo anterior feito na Austrália, com abordagem diferente, também destacou o potencial da Wolbachia. “A linhagem que usamos tem uma taxa de transmissão maternal de 100% e faz com que os mosquitos vivam mais. No trabalho australiano, a linhagem usada faz com que os mosquitos morram cedo”, disse Xi.


“Os dois métodos têm suas vantagens. Quanto mais o mosquito viver, mais chances ele terá de passar a infecção para seus descendentes e de atingir uma população inteira de mosquitos em um determinado período. Mas se o mosquito viver menos, ele não picará as pessoas e não transmitirá o vírus da dengue. Os dois exemplos demonstram o potencial do uso da bactéria para controle da transmissão”, explicou.


Os dois estudos reforçam a preocupação de cientistas de diversos países com o problema. Uma pesquisa publicada em fevereiro pela revista Proceedings of the National Academy of Sciences apresentou um possível método para controle da transmissão por meio da obtenção de fêmeas do Aedes aegypti que são incapazes de voar.

Fonte: http://biologias.com/

Cientistas revelam a riqueza do universo microbiano marinho



A genética revelou um universo microscópico oceânico de uma imensidão e diversidades até então desconhecidas, e que ajudarão a compreender melhor o papel chave que desempenham estes micro-organismos no ecossistema, segundo estudo publicados neste domingo. "O número total de espécies marinhas microbianas, incluindo bactérias e (micro-organismos unicelulares que carecem de núcleo) se aproxima do um bilhão, segundo suas características moleculares", afirma John Baross, biólogo da Universidade de Washington, Seattle (oeste), que participa neste projeto internacional destinado a fazer o censo das espécies marinhas microscópicas.

"A magnitude das descobertas sobre a fauna marinha foi uma das mais importantes no mundo microbiano", comenta Mitch Sogin, do Laboratório de Biologia Marinha de Massachusetts (nordeste dos Estados Unidos). Mediante a utilização de métodos tradicionais, os cientistas identificaram cerca de 20 mil gêneros microbianos marinhos, mas os avanços no sequenciamento do DNA revelaram mais detalhes sobre este mundo.

A identificação de espécies microbianas, zooplâncton e larvas que vivem nos oceanos e a estimativa de seu número, assim como suas respectivas funções são essenciais para compreender o alcance e a estabilidade da cadeia alimentícia da Terra, o ciclo do carbono e outras funções básicas do planeta dizem os investigadores, que destacaram, além disso, o potencial para a saúde que estes micro-organismos representam.

Estas famílias de micróbios ajudam a manter as condições necessárias para que a Terra seja habitável, segundo os autores do estudo. Os micróbios são os menores elementos da maquinaria marinha, essenciais para o funcionamento do ecossistema global.

Estes micróbios são verdadeiras fábricas de reciclagem do CO2 absorvido pelos oceanos. Também digerem nitrogênio, enxofre, ferro, magnésio e outros componentes que fazem que esta fauna marinha microbiana regule a composição da atmosfera terrestre, influa no clima, recicle nutrientes e elimine contaminantes.

Os pesquisadores também destacam a recente descoberta de uma grande massa de micróbios nos fundos marinhos das costas do Pacífico na América do Sul, com uma superfície equivalente à da Grécia. Segundo eles, esta grande estrutura de micróbios é uma das maiores que habitam o planeta.

Além das bactérias e dos micróbios que habitam os oceanos, estão os que vivem simbioticamente na flora microbiana achada nos intestinos de centenas de milhares de animais marinhos. Isso equivaleria a milhões de espécies de micróbios e representaria um enorme campo de pesquisa para a próxima década, como o mundo dos vírus marinhos.

Fonte: www.Terra.com.br

Cientistas alertam para "sopa de lixo plástico" nos oceanos


Na imagem, a zona costeira das ilhas dos Açores, em Portugal, cheia de lixo plástico


Pesquisadores alertam sobre uma nova praga no oceano: um redemoinho de fragmentos de plástico semelhantes a confetes se estende por milhares de quilômetros quadrados numa extensão remota do oceano Atlântico. O lixo flutuante - difícil de ser visto da superfície e reunido por um turbilhão de correntes - foi documentado por dois grupos de cientistas que navegavam entre a paradisíaca Bermuda e as ilhas portuguesas dos Açores no meio do Atlântico.

Os estudos descrevem uma sopa de micropartículas semelhante à chamada Grande Mancha de Lixo do Pacífico, um fenômeno descoberto há uma década entre o Havaí e a Califórnia. Segundo os pesquisadores, é provável que esse fenômeno exista em outros lugares do globo.

"Descobrimos o grande depósito de lixo do Atlântico", disse Anna Cummins, que coletou amostras de plástico enquanto navegava pela região em fevereiro. Os detritos são prejudiciais aos peixes, mamíferos marinhos - e, no topo da cadeia alimentar, potencialmente aos humanos -, mesmo com a maior parte do plástico tendo se fragmentado em pedaços pequeninos, quase invisíveis.

Como não há nenhuma forma realista de limpar os oceanos, conservacionistas dizem que é essencial impedir mais acúmulo de plástico através da conscientização e, sempre que possível, desafiar a cultura do lixo, que utiliza materiais não-biodegradáveis em produtos descartáveis. "Nosso trabalho agora é conscientizar as pessoas de que a poluição de plástico nos oceanos é um problema global - infelizmente, ele não se limita a apenas uma mancha", Cummins disse.

As equipes de pesquisa apresentaram suas descobertas em fevereiro no Encontro de Ciências Oceânicas de 2010, em Portland, Oregon. Embora cientistas relatem a presença de plástico em partes do oceano Atlântico desde os anos 1970, os pesquisadores dizem que conquistaram avanços importantes no mapeamento da extensão da poluição.

Cummins e seu marido, Marcus Eriksen, de Santa Monica, Califórnia, velejaram pelo Atlântico para seu projeto de pesquisa. Eles planejam estudos similares no sul do Atlântico em novembro e no sul do Pacífico na próxima primavera.

Na viagem de Bermuda a Açores, eles cruzaram o mar de Sargaços, uma área delimitada por correntes oceânicas, inclusive a corrente do Golfo. Eles coletaram amostras a cada 160 quilômetros, com uma interrupção causada por uma grande tempestade. Cada vez que eles puxavam a rede de pesca, ela vinha cheia de plástico.

Um estudo separado de alunos de graduação da Associação de Educação Marinha, em Woods Hole, Massachusetts, coletou mais de seis mil amostras em viagens entre o Canadá e o Caribe ao longo de duas décadas. A pesquisadora principal, Kara Lavendar Law, disse que eles encontraram as maiores concentrações de plástico entre 22 e 38 graus de latitude norte, uma mancha de lixo que se alonga numa extensão que se aproxima à distância entre Cuba e Washington.

Longas trilhas de algas, misturadas a garrafas, caixas de madeira e outros detritos se encontram à deriva nas águas calmas da área, conhecida como Zona de Convergência Subtropical do Atlântico Norte. A equipe de Cummins até mesmo coletou um peixe-porco ainda com vida, preso dentro de um balde de plástico.

Mas o lixo mais preocupante é quase invisível: incontáveis pedaços pontudos de plástico, muitas vezes menores do que borrachas de lápis, suspensos perto da superfície no azul profundo do Atlântico. "É chocante ver em primeira mão¿, Cummins disse. "Nada se compara a estar lá em pessoa. Conseguimos deixar nosso rastro realmente em todos os lugares."

Mais dados ainda são necessários para avaliar as dimensões da mancha de lixo do Atlântico Norte. Charles Moore, pesquisador oceânico que descobriu a mancha de lixo do Pacífico em 1997, disse que o Atlântico inquestionavelmente tem quantidades similares de plástico. A costa leste dos Estados Unidos possui mais gente e mais rios que despejam lixo no mar. Mas como há mais tempestades no Atlântico, os detritos por lá têm maior probabilidade de se dispersar, disse.

A despeito da diferença entre as duas regiões, plásticos são devastadores para o meio ambiente em todo o mundo, disse Moore, cuja Fundação de Pesquisa Marinha Algalita, com sede em Long Beach, Califórnia, esteve entre os patrocinadores de Cummins e Eriksen.

"A pegada de plástico da humanidade é provavelmente mais perigosa que a pegada de carbono", ele disse. Plásticos se enroscam em pássaros e acabam na barriga de peixes: um estudo citado pela Administração Nacional Atmosférica e Oceânica dos EUA (NOAA na sigla em inglês) diz que até 100 mil mamíferos marinhos podem ter mortes relacionadas ao lixo a cada ano. Os pedaços de plástico, que os peixes não conseguem distinguir do plâncton, são perigosos em parte por absorverem substâncias químicas prejudiciais, que também circulam pelo oceano, disse Jacqueline Savitz, cientista marinha do Oceana, um grupo de conservação oceânica com sede em Washington.

Até 80% dos detritos marinhos provêm da terra firme, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. O governo americano teme que a poluição possa prejudicar seus interesses vitais. "Esse plástico tem o potencial de impactar nossos recursos e nossa economia", disse Lisa DiPinto, diretora do programa de detritos marinhos da NOAA. "É ótimo conscientizar o público de que o plástico que usamos em terra pode acabar no oceano."

DiPinto disse que a agência federal está patrocinando uma nova viagem da Associação de Educação Marinha este verão americano, para medir a poluição de plástico no sudeste de Bermuda. A NOAA também está envolvida na pesquisa sobre a mancha do Pacífico.

"Infelizmente, os plásticos que usamos não são eliminados de maneira cuidadosa", Savitz disse. "Precisamos usar menos plástico e, se formos usá-lo, temos que assegurar que o descartaremos de maneira correta."

Fonte:www.terra.com.br