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domingo, 18 de abril de 2010

Cientistas revelam a riqueza do universo microbiano marinho



A genética revelou um universo microscópico oceânico de uma imensidão e diversidades até então desconhecidas, e que ajudarão a compreender melhor o papel chave que desempenham estes micro-organismos no ecossistema, segundo estudo publicados neste domingo. "O número total de espécies marinhas microbianas, incluindo bactérias e (micro-organismos unicelulares que carecem de núcleo) se aproxima do um bilhão, segundo suas características moleculares", afirma John Baross, biólogo da Universidade de Washington, Seattle (oeste), que participa neste projeto internacional destinado a fazer o censo das espécies marinhas microscópicas.

"A magnitude das descobertas sobre a fauna marinha foi uma das mais importantes no mundo microbiano", comenta Mitch Sogin, do Laboratório de Biologia Marinha de Massachusetts (nordeste dos Estados Unidos). Mediante a utilização de métodos tradicionais, os cientistas identificaram cerca de 20 mil gêneros microbianos marinhos, mas os avanços no sequenciamento do DNA revelaram mais detalhes sobre este mundo.

A identificação de espécies microbianas, zooplâncton e larvas que vivem nos oceanos e a estimativa de seu número, assim como suas respectivas funções são essenciais para compreender o alcance e a estabilidade da cadeia alimentícia da Terra, o ciclo do carbono e outras funções básicas do planeta dizem os investigadores, que destacaram, além disso, o potencial para a saúde que estes micro-organismos representam.

Estas famílias de micróbios ajudam a manter as condições necessárias para que a Terra seja habitável, segundo os autores do estudo. Os micróbios são os menores elementos da maquinaria marinha, essenciais para o funcionamento do ecossistema global.

Estes micróbios são verdadeiras fábricas de reciclagem do CO2 absorvido pelos oceanos. Também digerem nitrogênio, enxofre, ferro, magnésio e outros componentes que fazem que esta fauna marinha microbiana regule a composição da atmosfera terrestre, influa no clima, recicle nutrientes e elimine contaminantes.

Os pesquisadores também destacam a recente descoberta de uma grande massa de micróbios nos fundos marinhos das costas do Pacífico na América do Sul, com uma superfície equivalente à da Grécia. Segundo eles, esta grande estrutura de micróbios é uma das maiores que habitam o planeta.

Além das bactérias e dos micróbios que habitam os oceanos, estão os que vivem simbioticamente na flora microbiana achada nos intestinos de centenas de milhares de animais marinhos. Isso equivaleria a milhões de espécies de micróbios e representaria um enorme campo de pesquisa para a próxima década, como o mundo dos vírus marinhos.

Fonte: www.Terra.com.br

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