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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Brasil cumpriu 75% da meta mundial de conservação da biodiversidade, segundo MMA


São Paulo - A secretária de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Maria Cecília Wey de Brito, disse hoje (26) que o Brasil cumpriu experiências de conservação criadas em todo o território nacional, que resultaram no cumprimento de 75% da meta mundial. Essa informação será levada à 10º Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-10) das Organizações das Nações Unidas (ONU), que será realizada em outubro, em Nagoya, no Japão.


“Nossa experiência nisso é incontestável e nosso avanço para o mundo e para nós mesmos também”, afirmou Maria Cecília. Ela disse que as discussões na COP-10 devem ser feitas em torno de novos recursos para a conservação da biodiversidade. “A ideia é chegar na conferência com um cálculo, que será mostrado não só para os países que partilham a Amazônia com o Brasil, mas para o mundo todo. “ Vamos chegar em um número e mostrar para o mundo quanto isso custa. Nós sabemos que, no Brasil, esse custo é muito pouco ressarcido pelos cofres governamentais. Recebemos 25% daquilo que seria necessário para manter esse sistema funcionando”.


Maria Cecília ressaltou a importância do país ter deixado de olhar apenas para a Amazônia como um ambiente importante e ter passado a perceber melhor o que está acontecendo nos outros biomas. “Passamos a monitorar o Cerrado, a Caatinga, o Pantanal, o Pampa e a Mata Atlântica. Isso também nos dá um quadro para várias ações de políticas públicas para detectar o que causa os danos nesses biomas e como atuar preventivamente”, declarou após participar do Fórum Biodiversidade e a Nova Economia, na sede da editora Abril, na capital paulista.


Segundo Maria Cecília, há a falsa ideia da existência de muitas áreas protegidas no Brasil e que por isso a agricultura brasileira não teria espaço para crescer. Segundo ela, dados mostraram que isso não é verdade. “Nós temos alguma porcentagem no estado brasileiro conservada, algumas em áreas indígenas, mas isso jamais é maior do que a área que temos para agricultura e que permite expansão nas áreas já degradadas e abandonadas simplesmente”. Para Maria Cecília, esses dois pontos foram suficientes para que alguns deputados acreditassem que o Código Florestal não é bom para o país.


A secretária informou que o ministério deve apresentar um novo texto para os deputados, mas ainda não há previsão de quando isso acontecerá. Segundo ela, foi montado um grupo, que colocará no papel seus pontos de vista mais claros para o governo demonstrar sua posição. “Creio que faremos isso rapidamente porque temos um acúmulo de informações e experiências. Vamos fazer uma proposta inteira de um novo marco legal com essa finalidade, mas manteremos algumas das condições originais do Código Florestal, porque ele tem um embasamento científico, que não deve ser perdido”.


Em relação ao combate às queimadas registradas no país nos últimos dias, Maria Cecília disse que o Ministério do Meio Ambiente tem uma ação sistemática para atuar em áreas atingidas, com brigadas de incêndio nas Unidades de Conservação treinadas para agir nessas situações. “O que acaba acontecendo é que, se há inúmeros focos no mesmo momento, não há contingente. O ministério, com a ajuda da Polícia Federal, Bombeiros, Exército tem tentado dar conta dos focos deste ano, mas infelizmente ainda estamos vendo que esses números [de queimadas] são crescentes”, declarou

Fonte:
http://biologias.com

Greenpeace protesta contra busca de petróleo na Groenlândia



O Greenpeace exige o encerramento de atividades em poço de petróleo na Groenlândia que, na visão do grupo, são extremamente perigosas e causam estragos irreparáveis às condições da região. A empresa britânica Cairn Energy é a responsável pela exploração do poço na ilha de dependência dinamarquesa. As informações são do site Telegraph.

Quatro manifestantes estão na plataforma Stena Don, da Cairn Energy, protestando contra a ação. Segundo eles, há enormes riscos nas atividades realizadas no local pelas companhias de energia que sondam a região em busca de petróleo no fundo do mar. Os participantes do protesto dizem que, se conseguirem forçar o atraso das buscas das empresas até o fim do período ideal de clima, as companhias terão que abandonar as pesquisas até 2011.


Ativistas do Greenpeace ocupam plataforma de petróleo Stena Don , da Cairn Energy, no Ártico
Foto: Greenpeace/Divulgação


Em entrevista ao Telegraph, Sam McKenna, ativista americano que está no local, disse que "é necessário manter as companhias fora do Ártico e acabar com o vício da busca pelo petróleo, e é esse o motivo pelo qual estamos aqui tentando acabar com essa sondagem". "O desastre no Golfo do México nos mostrou isso", completou.

Um navio do Greenpeace, chamado Esperanza, saiu de Londres em julho para chegar à Groenlândia, no local que é considerado pelo grupo um dos dez mais perigosos para exploração de petróleo.

O organização divulgou na última semana que, quando o Esperanza chegou à Groenlândia, seus tripulantes foram confrontados por um navio dinamarquês, postado no local para impedir protestos e proteger a operação de busca ao petróleo.

A Groenlândia é considerada um dos locais mais afetados pelo aquecimento global. Com a busca de petróleo no local, podem ocorrer mais problemas ambientais na região do Ártico.

Fonte: Terra

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Nestlé dá um passo pela floresta



A Nestlé, a maior empresa alimentícia do mundo, anunciou hoje a intenção de parar de comprar matéria-prima cuja produção tenha provocado o desmatamento de florestas tropicais.

A empresa se compromete a identificar e excluir de sua lista de fornecedores companhias que possuam ou gerenciem “plantações ou fazendas de alto risco ligadas ao desmatamento”. Nesse grupo entraria, por exemplo, a Sinar Mas, a maior produtora de óleo de dendê e de papel e celulose da Indonésia, caso não siga a nova política da Nestlé, e intermediadoras como a Cargill, que compram da Sinar Mas.

O anúncio acontece depois de o Greenpeace conduzir uma campanha pública mundial que expôs o uso de óleo de dendê, proveniente de áreas recém-desmatadas na Indonésia, para produzir chocolates como o KitKat. Em dois meses, centenas de milhares de pessoas contataram a Nestlé para avisar que não comprariam produtos ligados à destruição das florestas tropicais.

A expansão das plantações de dendê – usado pela indústria alimentícia, cosmética e como biocombustível – é um dos principais vetores de destruição dessas importantes florestas tropicais, lar de espécies ameaçadas como o orangotango. A Indonésia hoje é um dos países campeões de desmatamento do mundo e, por conta disso, terceiro maior emissor de gases do efeito-estufa.

"Ficamos contentes pela Nestlé ter a intenção de dar um tempo para os orangotangos, e convidamos os compradores internacionais, como Carrefour e Wal-Mart, a fazerem o mesmo", afirma o diretor da campanha de Florestas do Greenpeace International, Pat Venditti.

"O passo dado pela Nestlé manda um sinal claro para a Sinar Mas e as demais empresas do setor que a destruição das florestas não é aceitável no mercado global. Elas precisam limpar a cadeia de produção e implementar uma moratória que interrompa a destruição e promova a proteção", diz Venditti. "O Greenpeace vai monitorar de perto o cumprimento e a implantação da política da Nestlé."

Segundo Paulo Adario, diretor da campanha Amazônia, do Greenpeace, "a decisão de um ator mundial como a Nestlé é um claro sinal que o consumidor global não aceita mais estar envolvido com produtos ligados a desmatamento e perda da biodiversidade. Trata-se de uma clara advertência às empresas que, aqui no Brasil, causam, direta ou indiretamente, a destruição de nossas florestas". "Vale também como recado para a bancada ruralista do Congresso: mudar o Código Florestal para permitir mais desmatamento em nada vai ajudar o produtor brasileiro. Ao contrário, vai contribuir para fechar as portas do mercado."

O Greenpeace pede ao governo indonésio que tome atitudes rígidas para conservar as florestas tropicais e de turfa. "Uma moratória protegeria não apenas a natureza como também a reputação de indústrias de óleo e de papel", diz Bustar Maitar, coordenador da campanha na região. "O Greenpeace manterá a pressão tanto no governo da Indonésia quanto nas indústrias que causam a devastação da biodiversidade e do clima."

Fonte:
http://www.greenpeace.org/brasil/

domingo, 29 de agosto de 2010

Tabagismo mata 200 mil pessoas por ano no Brasil



Um bilhão e meio de pessoas no mundo apresentam problemas com o tabagismo e, no Brasil, esse número é de 200 mil pessoas por ano, segundo o professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UNB), Calor Viegas. "O tabagismo não é só um fator de risco para diversas doenças. Ele próprio é uma doença crônica e que mata mais do que qualquer outro fator ambiental ou comportamental no mundo", disse, na quinta-feira, no penúltimo dia do 48° Congresso Científico do Hupe.

O número de mortes por ano, no mundo, por causa da doença, chega a cinco milhões, segundo o professor. "Se não fizermos nada, em 2030, 10 milhões de pessoas no mundo irão morrer por causa da doença", disse. De acordo com ele, 70% dessas mortes serão em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento.

Diferente do que se diz, o médico mostrou que o problema do cigarro não está na nicotina. "Não existe nenhuma doença causada pela nicotina. Pelo contrário, ela traz bom humor, perda de peso, melhora a tarefa cognitiva etc", disse. Ele explicou que o problema do tabaco é que, ao usá-lo, a pessoa está ingerindo mais de quatro mil outras substâncias, como o cádmio, por exemplo, um metal pesado que traz sérios problemas à saúde. "Quando inaladas, essas substâncias caem na corrente sanguínea e atingem todo o organismo, ou seja, o tabagismo é uma doença que afeta todo o corpo humano", explicou.

O tabaco causa dependência psíquica e química e, segundo o médico, mesmo depois de ter parado de fumar há anos, o ex-fumante pode não está totalmente livre das substâncias que o tabaco possui. "Mesmo depois de 10, 15 anos, o ex-fumante pode desenvolver câncer, por exemplo", disse.

Carlos explicou que 80% das pessoas começam a fumar com menos de 19 anos. Entre as causas, ele citou, o modelo de comportamento - dos pais, por exemplo -; acesso fácil - "cigarro se vende em qualquer lugar e com apenas R$0,10 se consegue comprar uma unidade do produto", disse -; cultural; e pela propaganda subliminar em novelas, reality shows, enfim, na mídia em geral.

De acordo com o especialista, duas perguntas devem ser feitas para descobrir se a pessoa sofre da doença: quantos cigarros ela fuma por dia e quantas horas depois de acordar ela acende o primeiro cigarro. "Se a resposta para a primeira pergunta for 15 ou mais cigarros, e a resposta para a segunda pergunta for menos de uma hora após acordar, ela tem a doença", explicou.

Para o médico, muitas pessoas fumam por comportamento, não por dependência. "Elas se acostumaram a fumar depois de um café, da atividade sexual, do banho ou de acordar", exemplificou. Ele encerrou a palestra dizendo que o tabagismo é curável, porém é um processo longo e que depende do querer do fumante. "Não existe nenhum remédio que faça um individuo para de fumar. Só depende da sua vontade", ratificou.

Fonte: Terra

Expedição encontra novas espécies marinhas na Indonésia





Cientistas do National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) divulgaram nesta quinta-feira imagens de espécies marinhas observadas em uma expedição que durou três semanas na Indonésia. Segundo os pesquisadores, o projeto pode ter encontrado cerca de 40 novas espécies.





Segundo informações a agência de notícias AP, os cientistas, que usaram tecnologia de ponta para explorar as águas da Indonésia, ficaram fascinados com imagens coloridas e diversificadas da vida marinha no local.



O projeto reuniu mais de 100 horas de vídeo e 100 mil fotografias, captadas através de um veículo robótico com câmeras de alta definição. Verena Tunnicliffe, professora da Universidade de Victoria, no Canadá, disse que as imagens proporcionaram uma visão extraordinária em um mundo complexo e pouco conhecido do ecossistema marinho.





Fonte:Terra