Substituir sacolas de plástico
A sacola de plástico é a atual vilã do ambientalismo. Sua substituição pelas de papel é a primeira – e muitas vezes a única – atitude sustentável que pessoas e empresas estão dispostas a adotar. Em decorrência disso, o consumo de embalagens de papel no Brasil aumentou 30% desde o ano passado. O plástico das sacolas demora quatro séculos para se decompor na natureza, usa petróleo como matéria-prima e, se jogado em rios e mares, provoca a morte de animais que engolem o resíduo. Só que as vantagens da troca pelas sacolas de papel não são tão evidentes. A produção do papel emite 70% mais poluentes atmosféricos que a de plástico. A reciclagem do papel consome 98% mais energia que a do plástico. A solução talvez não seja a troca, mas um descarte mais eficiente das embalagens plásticas.
Fazer xixi no banho
A campanha lançada pela SOS Mata Atlântica baseia-se numa conta simples: cada descarga utiliza 12 litros de água tratada. Como um adulto saudável urina, em média, quatro vezes ao dia, são 17.520 litros de água por ano. O objetivo do xixi no banho é aproveitar a água que já está sendo usada e poupar uma descarga por dia. Evidentemente, há modos mais eficientes de economizar água. Adotar bacias sanitárias com caixa acoplada que gaste só 6 litros por descarga, por exemplo. De qualquer forma, toda iniciativa para economizar água tratada é bem-vinda.
Reciclar o lixo
Papel, vidro e plástico são recicláveis, com vantagens óbvias para a natureza. Economizam-se matéria prima e energia. Evita-se o acúmulo de detritos em aterros e lixões. O problema é como fazer isso. Raras cidades brasileiras têm coleta seletiva de lixo. Em São Paulo, por exemplo, esse tipo de serviços só atende a 20% das residências. Em muitos lugares, o melhor a fazer é encaminhar o material reciclável para instituições ou cooperativas de recicladores.
Abolir a carne da dieta
A rigor, não há motivo para colocar no mesmo prato a abstenção do consumo de carne (que é uma postura filosófica) e a adoção de hábitos sustentáveis – mas existe certa confusão popular entre as duas. É verdade que a pecuária responde por 17% das emissões de gases do efeito estufa e ocupar terras que teoricamente poderiam ser florestas – mas o mesmo se poderia dizer da agricultura. Ambos, a carne e os vegetais, são recursos renováveis domesticados pelo homem e fazem bem à saúde. “Alimentar-se só de vegetais pode causar doenças, como a anemia.” – diz Solange Saavedra, do Conselho Regional de Nutricionistas de São Paulo.
Desligar o equipamento eletrônico da tomada
Estima-se que, em média, 15% da conta de eletricidade de uma residência se deva ao consumo de aparelhos em stand-by. Aí está uma providência simples que resulta em economia de energia (em outras palavras, reduz o uso de recursos naturais e a emissão de gases do efeito estufa) e alivia o peso da conta de luz. Um uso sustentável da eletricidade pode incluir equipamentos de consumo eficiente, substituição das lâmpadas incandescentes por modelos econômicos e a administração cuidadosa do período em que o ar-condicionado permanece ligado.
Deixar de imprimir documentos
Economizar papel tem três objetivos. Primeiro, diminui a produção de lixo. Segundo, evita a derrubada de árvores. Terceiro, reduz o consumo de água. Doze árvores são derrubadas para cada tonelada de papel virgem. São necessários 540 litros de água para fazer um quilo de papel. O Instituto Akatu, que promove o consumo consciente, calcula que uma empresa com 100 funcionários que use 50 mil folhas de papel por mês consome indiretamente 128 mil litros de água. “Só que ninguém tem de abolir de vez o papel, um item essencial para o homem”, diz Camila Melo, do Akatu. “O certo é usá-lo somente quando for necessário”.
Desligar o chuveiro enquanto se ensaboa
A quantidade depende da vazão de cada chuveiro, mas uma boa ducha pode gastar 30 litros de água por minuto. Basta multiplicar para ver como simples economizar água e dinheiro. Na região metropolitana de São Paulo, o metro cúbico de água tratada custa 6,10 reais. Parece barato? Um banho diário de 10 minutos custa 350 reais em um ano. Um dinheiro que vai literalmente pelo ralo.
Fazer compostagem
O processo para converter resíduos orgânicos, como alimentos e grama, em adubo é trabalhoso e demorado. Leva dois meses para estar completo. Em compensação, reduz o volume do lixo doméstico em 60%. O adubo pode ser aproveitado no jardim, na horta ou no sítio. Devido à complexidade da produção e do uso, a compostagem é restrita a uma minoria de residências, o que reduz seu impacto positivo no ambiente.
Trocar o carro a gasolina por um elétrico
O carro elétrico não polui o ar e não utiliza combustíveis fósseis (exceto por tabela nos países cuja matriz energética é formada por carvão, petróleo ou gás natural). Bastante eficaz, aproveita 90% da energia gerada, diante de 17,5% do motor de combustão interna. De qualquer forma, a troca é uma decisão a ser tomada no futuro, visto que ainda não há produção em massa de carros elétricos no Brasil.
Parar de jogar óleo na pia
O óleo que é jogado na rede de esgotos ajuda a formar uma massa compacta de detritos que entope as tubulações e contribui para inundações. Quando contamina os reservatórios, o óleo torna mais caro e trabalhoso o tratamento da água para uso nos domicílios. Uma boa prática é recolher o óleo usado e encaminhá-lo a uma instituição ou empresa que cuide de sua reciclagem (o material pode virar biocombustível ou sabão).
Fonte: http://meumundosustentavel.com
sábado, 15 de janeiro de 2011
Tempestade carrega focas por 483 km na Europa
Três filhotes de focas cinzentas sobreviveram a uma viagem de quase 500 km depois de terem sido levados por uma tempestade nas ilhas Farne, na costa leste da Grã-Bretanha.
As focas estavam marcadas com tinta e foram encontradas em uma praia da Holanda a 483 km de seu local de origem. O primeiro filhote, que tinha menos de três semanas quando foi levado pela tempestade, foi encontrado no dia 13 de dezembro. Os outros dois filhotes foram encontrados nos dias 6 e 7 de janeiro.
Agora eles estão se recuperando em um centro de tratamento na Holanda. Quando ganharem mais peso, serão libertados.
Jornada extraordinária
O supervisor-chefe do National Trust para as ilhas Farne, David Steel, disse que os filhotes fizeram uma jornada extraordinária. O National Trust é a entidade britânica que trabalha pela conservação da natureza e de construções históricas no país.
"É uma história extraordinária de determinação e sobrevivência nas águas turbulentas do Mar do Norte. Para três filhotes de foca cinzenta, passar por isso, é surpreendente", afirmou. Os filhotes de focas das ilhas Farne são marcados com tinta por especialistas para monitoramento das colônias e a cor deste pigmento muda de acordo com seu período de nascimento.
Dois dos filhotes encontrados na Holanda tinham marcas de tinta azul, o que significa que eles nasceram por volta de 30 novembro. A terceira foca tinha tinta amarela no corpo, o que significa que nasceu no meio de novembro.
"Os dois filhotes com marcas azuis ainda seriam dependentes de seus pais e o terceiro filhote teria acabado de ficar independente quando os três começaram a viagem até a Holanda", afirmou Steel. O National Trust afirma que a taxa de sobrevivência das focas cinzentas no mar em volta das ilhas é baixa, mais de 45% dos filhotes não conseguem sobreviver aos meses de inverno.
Fonte: Terra
Caramujos africanos gigantes infestam bairros de Florianópolis
Com a chegada do verão e o período de chuvas, uma nova praga está se alastrando por vários bairros de Florianópolis. A infestação de caramujos africanos gigantes está aumenta a cada ano e preocupa a população local por causa das doenças que o animal causa.
O chamado caramujo africano (Achatina Fulica), ocupa normalmente terrenos baldios e áreas de cultivo de hortaliças. O molusco, que pode atingir 15 cm de comprimento e pesar até 200 g, se prolifera rapidamente e já começa a causar muitas dores de cabeça a moradores de algumas praias.
A ameaça de infestação assusta pois o animal é vetor de doenças graves pelo fato de hospedar dois tipos de vermes. O Angiostrongylus costaricensi é causador de sérios problemas abdominais que podem levar à perfurações no intestino e até à morte por hemorragia. O outro verme é o Angiostrongylos cantonensis, principal causador da angiostrongilíase meningoencefálica humana, que tem como sintomas dor de cabeça forte e constante, rigidez da nuca e distúrbios do sistema nervoso.
Durante o dia, o animal se esconde do sol na terra. À noite, ele invade terrenos e chega sobe em árvores e paredes.
O simples toque na "gosma" que ele solta pode causar doenças. Por isso, a recomendação é a de que as pessoas não recolham caramujos sem luvas em hipótese alguma.
Reprodução assexuada acelera infestação
A proliferação é maior em áreas litorâneas. Em Florianópolis, a infestação começou pela região norte da cidade e há pelo menos dois anos sua presença vem sendo relatada com frequência em outras regiões. Por se tratar de uma espécie hermafrodita, o caramujo africano se reproduz rapidamente: um único indivíduo chega a botar 200 ovos a cada dois meses. Ele se esconde para reprodução no inverno e sai para se alimentar no verão. Com cinco meses de vida, o molusco já atinge a fase adulta e começa a se reproduzir.
No bairro do Campeche, na região sul da cidade, os caramujos vêm se transformando em uma das grandes pragas locais. O cineasta Anselmo Doll chega a retirar 200 animais de seu terreno em dias de chuva. "Eles parecem brotar do chão", afirma. "Eu mantinha plantações em meu terreno, mas fui obrigado a acabar com tudo depois que os caramujos começaram a aparecer".
Doll recolheu os caramujos e os colocou em um carrinho de mão. Ele usa sal para matá-los e depois incinera as conchas. "Ele se reproduz muito rápido e recolho mais de 100 por dia", disse. "Ano passado chegamos a fazer mutirão com os moradores para retirá-los todas as noites. O pessoal parou e os caramujos tomaram conta".
Espécie trazida como variação de escargot
De acordo com os dados da Vigilância Sanitária do estado de Santa Catarina, a proliferação dos caramujos africanos começou depois que a espécie foi introduzida clandestinamente no País no início da década de 80. Ele foi trazido do nordeste da África como uma variação popular do escargot.
Os primeiros relatos da Vigilância Sanitária sobre a presença do molusco em Santa Catarina datam de 1988. Nos últimos cinco anos, entretanto, a praga se alastrou em praticamente todos os municípios do litoral. Sua presença próxima a áreas de plantações ainda pode acarretar em sérios riscos para a população.
Apesar de ser considerada uma "ameaça à saúde pública", a prefeitura de Florianópolis não recolhe os moluscos em áreas particulares. A recomendação é a de que a comunidade use luvas para recolher os caramujos. Eles devem ser queimados em recipientes. Em seguida, as cascas deve ser quebradas e enterradas.
Fonte: Terra
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Sobreviventes do H1N1 desenvolvem superanticorpos para gripe
Estudo realizado por pesquisadores americanos sobre os anticorpos de pessoas infectadas com a gripe H1N1 é mais uma indicação de que os cientistas estão perto de uma vacina "universal" capaz de neutralizar muitas cepas de vírus da gripe, incluindo da gripe suína (H1N1) e da gripe aviária (H5N1). O artigo foi publicado no Journal of Experimental Medicine.
De acordo com os pesquisadores, as pessoas infectadas na pandemia do H1N1 desenvolveram uma resposta imune incomum, produzindo anticorpos capazes de protegê-las de todas as cepas sazonais da gripe H1N1 da última década, da cepa mortal da "gripe espanhola" de 1918 e mesmo de uma cepa da gripe aviária H5N1.
"Isso mostra que uma vacina universal para a influenza é de fato possível", disse Patrick Wilson, da Universidade de Chicago, que trabalhou no artigo.
Muitas equipes trabalham numa vacina "universal" da gripe que seria capaz de proteger as pessoas de todas as cepas de gripe durante décadas ou mesmo durante a vida inteira. Autoridades americanas afirmam que uma vacina universal da gripe eficaz terá consequências enormes para o controle da influenza, que mata entre 3,3 mil e 49 mil pessoas anualmente nos Estados Unidos.
A equipe de Wilson começou a produzir os anticorpos em 2009 a partir de nove pessoas infectadas na primeira onda de gripe suína antes do desenvolvimento da vacina contra o H1N1. A esperança era desenvolver uma forma de proteger os funcionários da saúde.
Trabalhando em parceria com pesquisadores da Escola de Medicina da Emory University, a equipe produziu 86 anticorpos que reagiram com o vírus H1N1 e os testou em diferentes cepas de vírus. Desses, cinco eram capazes de interferir com muitas cepas de vírus, incluindo a da "gripe espanhola" de 1918 e a da gripe aviária H5N1.
Testes com esses anticorpos em ratos indicaram que os animais estavam totalmente protegidos de uma dose de gripe que poderia ser letal.
Fonte:Terra
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