terça-feira, 28 de setembro de 2010
Fibra de crustáceos pode despoluir rios contaminados com metais pesados
Uma fibra retirada de crustáceos, como camarão e lagosta, pode ajudar a despoluir rios e lagos contaminados por metais pesados, de acordo com uma pesquisa da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
A fibra, chamada quitosana, é abundante na natureza e comumente usada pela indústria farmacêutica para outras finalidades.
“Ela é extraída da casca de crustáceos, como caranguejos, que são descartados pela indústria pesqueira”, disse a pesquisadora Elaine Nogueira Lopes de Lima, que apresentou o trabalho como tese de doutorado em química.
Para extrair da água metais como cobre e chumbo, que podem contaminar animais e plantas nas proximidades, a quitosana é alterada quimicamente, ficando com capacidade de “aderir” a essses elementos.
“A quitosana é usada em forma de pó. Quando jogada na água, os metais grudam nas moléculas”, disse Lima.
Em seguida, é feita uma filtragem para retirar o pó com metais pesados absorvidos.
O pó da fibra pode ser reutilizado depois de retirados os metais pesados.
Com os resultados positivos, a pesquisadora já planeja testar outras reações em misturas com quitosana, desta vez em fármacos. O objetivo é que o tratamento nos rios seja ampliado para substâncias tóxicas desta área.
Fonte: Maurício Simionato/ Folha.com
Extraido de:http://ibiodiversidade.wordpress.com/
Noticia enviada por:Ana Carolina Camerini
Uma incrível casa de jornais reciclados demonstra o verdadeiro potencial do papel
Os sacos de lixo de nossas casas estão cheios de valiosos materiais que usamos no dia-a-dia: plásticos, papel, tecidos, etc. Diversos designers ao redor do mundo estão trabalhando com materiais descartados para chamar a atenção das pessoas para a importância da reciclagem, mas são projetos como o da Casa de Papel (http://www.paperhouserockport.com - fonte: Greenopolis http://greenopolis.com/goblog/litegreen/house-made-newspaper-lasts-88-years) que nos fazem apreciar o verdadeiro valor desta prática.
A casa, localizada na cidade de Rockport, no estado de Massachusetts (Estados Unidos), foi construída pelo engenheiro Elis Stenman, e é inteiramente recoberta de cilindros de papel-jornal. Apesar da estrutura ser de madeira, todo o isolamento e acabamento foram feitos com papel aglutinado e envernizado.
Stenman começou a construir a casa em 1922 e, depois de terminá-la em 1924, nela ele passou todos os verões até 1930. Desde então, a casa tem suportado estoicamente a passagem do tempo e acabou se tornando uma atração turística da cidade.
Calcula-se que existam mais de 100 mil jornais reciclados na casa. Além de recobrir as paredes, eles também formam móveis como um piano, mesas, cadeiras e luminárias.
Com o tempo, foram acrescentadas novas estruturas, como uma galeria para proteger as superfícies externas das intempéries e novas camadas de verniz.
Ninguém sabe bem por que o engenheiro decidiu executar este projeto, mas isso não importa. O mais interessante é que ele demonstra o real valor do que muitas vezes consideramos lixo. Quantas coisas poderíamos fazer ao reciclar materiais e evitar que o valioso papel acabe nos lixões, diminuindo a pressão sobre a extração de novos recursos?
Você já tem um projeto para o fim de semana!
Fonte:http://www.discoverybrasil.com/
Estudo: um quinto das plantas está em risco de extinção
Mais de um quinto das espécies de plantas do mundo corre o risco de se extinguir, uma tendência com efeitos potencialmente catastróficos para a vida na Terra, revela um estudo publicado esta quarta-feira. Uma pesquisa em separado alertou que a extinção dos mamíferos havia sido superestimada e sugeriu que algumas espécies que se acreditavam extintas ainda poderão ser redescobertas.
Stephen Hopper, diretor do Royal Botanic Gardens em Kew, Londres, disse que o relatório sobre a perda de plantas foi o mapeamento mais preciso já feito sobre a ameaça para as estimadas 380 mil espécies de plantas do planeta.
"Este estudo confirma o que nós já suspeitávamos: que plantas estão sob ameaça e que a principal causa é a perda de hábitat pelas mãos do homem", disse Hopper no lançamento da chamada Sampled Red List Index. O estudo, realizado por Kew, em conjunto com o Museu de História Natural, em Londres, e com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), estabelece as "linhas gerais" dos futuros esforços de preservação, afirmou.
"Não podemos nos sentar o observar o desaparecimento das espécies de plantas. As plantas são a base de toda a vida na Terra, fornecendo ar limpo, água, comida e combustível. Toda a vida animal depende dela, assim como nós", acrescentou Hopper.
O estudo é publicado antes de uma reunião, em Nagoia, no Japão, entre 18 e 29 de outubro, quando membros da Convenção da Biodiversidade, das Nações Unidas, estabelecerá novas metas para salvar as espécies ameaçadas. Craig Hilton-Taylor, da IUCN, disse esperar que o encontro de Nagoia estabeleça uma meta para se evitar a extinção de quaisquer espécies ameaçadas até 2020.
"Queremos nos assegurar de que as plantas não serão esquecidas", afirmou. Em seu estudo, os pesquisadores avaliaram cerca de quatro mil espécies, das quais 22% foram classificadas em risco, especialmente nas florestas tropicais.
As plantas estão mais ameaçadas do que as aves, tão ameaçadas quanto os mamíferos e menos do que os anfíbios e os corais, destacou a pesquisa. Os gimnospermas, grupo de plantas que inclui os pinheiros, estão entre os mais ameaçados.
O maior perigo é representado pela perda de hábitat provocada pelo homem, a maioria a conversão de hábitats naturais para cultivo e criação de gado. A atividade humana responde por 81% das ameaças, disse o pesquisador do Kew, Neil Brummitt.
Enquanto isso, um estudo realizado por dois autores australianos demonstrou que menos espécies de mamíferos do que o que se pensava podem se extinguir, especialmente aquelas ameaçadas por perda de hábitat. Diana Fisher e Simon Blomberg, da Universidade de Queensland, disseram ter identificado 187 mamíferos que estiveram "perdidos" desde 1500, 67 espécies das quais foram reencontradas. Seu artigo foi publicado no periódico Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences, revista da Academia de Ciências britânica.
"A extinção é difícil de detectar", ressaltou o estudo. "Espécies com grandes vácuos em seus registros de avistamento, o que as torna passíveis de ser consideradas extintas, frequentemente são redescobertas".
Os mamíferos afetados por perda de hábitat eram "muito mais propensos a ser desclassificados como extintos" do que aqueles afetados por predadores ou enfermidades introduzidos ou por sobrecaça. Consequentemente, impactos de perda de hábitat ou extinção provavelmente foram superestimados, especialmente no que diz respeito a espécies introduzidas", acrescentou.
Os autores disseram que esforços para caçar mamíferos extintos devem ser desviados das tentativas frequentemente infrutíferas para redescobrir espécies "carismáticas", como o lobo-da-austrália, um marsupial carnívoro, considerado o último exemplar morreu em 1936 na Tasmânia.
Na semana passada, os conservacionistas anunciaram que duas espécies de um sapo africano e de uma salamandra mexicana, que se temia estarem extintos no século passado, foram reencontrados por equipes de cientistas que exploravam lugares remotos, às vezes colocando-se em grande risco.
Fonte:Terra
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