sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Como entender um Biólogo
Tenha paciência ao caminhar com ele na rua. É provável que ele faça paradas frequentes... sempre há uma formiga carregando uma folha gigantesca nas costas ou uma samambaia disposta de uma forma estranha num buraco do muro.
Ele acha isso incrível!!!
Toda vez que vcs entrarem em qualquer assunto que envolva a área dele, ele se empolgará. Finja que presta atenção no que ele diz. Finja que está entendendo também.
Entenda que o conceito de beleza de seu amigo biólogo é um tantinho diferente do seu. Sapos verdes, gosmentos e verruguentos são lindos. Escorpiões, aranhas, opiliões (hein??), ai ai são todos lindos.
Tente não vomitar quando ele te mostrar as fotos da última necropsia feita num golfinho.
Simplesmente ignore quando o encontrar de quatro, agachado sobre o musgo... e faça o possível para que ele não te veja, pois uma vez que isso acontecer ele começará o discurso em biologuês: “são briófitas! São as plantas mais primitivas! Você acredita que elas não têm nem vasos condutores? E elas ainda dependem da água para a fecundação e...”
É provável que ele prefira ir para o congresso de mastozoologia ao invés daquela viagem romântica. Vc quer ajuda- lo? Mostre que há outras coisas no mundo, por exemplo... convide-o para ir a um museu de arte. Ou a um grupo de discussão sobre literatura.
Ele terá tendência a chamar pinheiros de gimnospermase a pinha (de onde vem o pinhão) de estróbilo.
Não, ele não é um maníaco suicida se decidir entrar numa jaula para mergulhar com tubarões-brancos. Mas também não deve estar em seu juízo perfeito.
É melhor vc assistir filmes como a era do gelo e procurando nemo com amigos que não sejam biólogos. Caso contrário, vc ouvirá, durante o filme: “ah, mas baleias não têm essa conexão entre a boca e o nariz, o Marlin e a Dori nunca poderiam ter saído pelo nariz dela!” e quem se importa??
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
10 motivos para recusar sacolas descartáveis e preservar a biodiversidade
No Ano Internacional da Biodiversidade e com a COP10 – Convenção de Diversidade Biológica prestes a acontecer, no Japão, em outubro, o tema se tornou o centro das atenções do mundo. Muito merecido, afinal, a biodiversidade envolve todos os seres vivos que habitam o nosso planeta – incluindo os seres humanos – e, num sistema interdependente como o nosso, o desaparecimento de uma espécie afeta a vida das demais.
Entre as várias atitudes que podemos tomar para preservar essa riqueza biológica da qual tanto dependemos, está a redução do uso de sacolas plásticas em nosso dia-a-dia. Aproveite para registrar, no site do Planeta Sustentável, as sacolinhas que você recusa diariamente!
Eis aqui dez motivos para você defender essa causa.
1. Os plásticos convencionais levam cerca de 400 anos para se decompor. Segundo um levantamento do Ministério do Meio Ambiente, de 2009, cada família brasileira descarta cerca de 40kg de plásticos por ano e mais de 80% dos plásticos são utilizados apenas 1 vez.
2. Por serem leves, os sacos plásticos voam com o vento para diversos locais e acabam poluindo não apenas as cidades, mas também nossos biomas, as florestas, rios, lagos e oceanos.
3. A sopa de lixo que flutua pelo oceano Pacífico contém mais de 100 milhões de toneladas, sendo que 90% são constituídos de detritos de plástico. Desse total, 80% vêm do continente.
4. Nos oceanos, as sacolas plásticas se arrebentam em pedaços menores e se tornam parte da cadeia alimentar de animais marinhos dos mais variados tamanhos. Ao ingerirmos esses animais, engolimos também resíduos de plástico que fazem mal à nossa saúde.
5. A ingestão de pedaços de sacolas plásticas já é uma das principais causas da mortes de tartarugas, que confundem o plástico com comida e têm seu aparelho digestivo obstruído. Estima-se, ainda, que em torno de 100 mil mamíferos e pássaros morram sufocados por ano por ingerirem sacos plásticos. Na Índia, cerca de 100 vacas morrem por dia por comerem sacolas plásticas misturadas a restos de alimentos.
6. Nas cidades, as sacolas descartadas de maneira incorreta entopem bueiros, provocando enchentes, que causam a morte de pessoas e animais domésticos, destroem plantas e árvores e até contribuem para que os peixes nadem para fora do leito de rios e morram.
7. Jogadas em um canto qualquer da cidade, as sacolinhas podem acumular água parada e permitir a proliferação do mosquito da dengue.
8. O plástico já é o segundo material mais comum no lixo municipal.Quando os aterros chegam à sua capacidade máxima, é preciso abrir outras áreas – que poderiam ser utilizadas para plantio de vegetação nativa, por exemplo – para o depósito de resíduos.
9. O material orgânico depositado em sacos plásticos demora mais para ser degradado e decomposto em nutrientes e minerais, que serão utilizados em outros processos biológicos.
10. Com a decomposição lenta dos resíduos orgânicos aprisionados nas sacolas plásticas, produz-se mais metano e CO2, que são liberados quando a sacola é rasgada e contribuem para a aceleração do aquecimento global.
Convencido? Então, sempre recusar uma sacolinha no supermercado, na farmácia, na padaria e onde mais te oferecerem uma, registre no Contador de Sacolas Descartáveis Recusadas, do Planeta Sustentável! Já são quase 2 milhões de sacolinhas evitadas. A biodiversidade agradece!
Especialistas consultados:
Prof. José Sabino, doutor em Ecologia pela Unicamp.
Fernanda Daltro, coord. técnica da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, do Ministério do Meio Ambiente.
Fonte:http://super.abril.com.br/home/
O atum do Atlântico e os barões da pesca
Roberto Mielgo Bregazzi / Terramérica
As capturas totais de atum no Atlântico e no Mar Mediterrâneo deverão ser iguais a
zero entre 2011 e 2013 se quisermos salvar esta espécie da extinção, afirma neste artigo o analista Roberto Mielgo Bregazzi.
O risco de extinção do atum do Atlântico (Thunnus thynnus) será novamente tema dominante da conferência anual da Comissão Internacional para a Conservação do Atum do Atlântico (ICCAT). A reunião, que acontecerá em Paris entre 17 e 27 de novembro, será para alguns uma nova “mise-en-scène” para os meios de comunicação, para fazer parecer bom para o ambiente o manejo das áreas de pesca, o que foi definido como uma “vergonha internacional”. Para outros, a reunião fracassará novamente.
De fato, a incapacidade está profundamente enraizada na essência genética deste organismo intergovernamental para o manejo das áreas pesqueiras, mas na realidade controlado pela indústria pesqueira. Em 2006, a ICCAT adotou um plano de 15 anos para a recuperação do atum, que foi modificado em 2008 e 2009. Os fracassos para aplicar as medidas acordadas de manejo dos pesqueiros e as regras básicas pesam na pesca do atum vermelho há quatro anos.
A estendida e ilegal pesca abusiva e sua fraudulenta “lavagem” no mercado negro, com a conivência de governos representados na ICCAT, que por sua vez ofereceram dados insuficientes e inexatos sobre capturas, são práticas comuns desde 2006. Um informe divulgado em outubro, com os resultados do primeiro programa oficial regional de observação da ICCAT, mostra que o rastreamento dos atuns, dos barcos de pesca até as fábricas, é, no mínimo, imperfeita, apesar das normas e dos recursos destinados ao controle dessas atividades, o que confirma a completa ineficácia da Comissão para cumprir suas próprias regras.
Essa foi uma das verdadeiras razões da tentativa de fazer uma lista com as existências de atum “tipo bonsai” no Apêndice I da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres, em sua reunião de março deste ano no Catar. A audaciosa, mas fracassada, listagem, promovida por organizações ambientalistas, teve a encarniçada oposição dos barões da indústria pesqueira apoiados pela poderosa diplomacia do Japão, enquanto um confuso e ineficaz Estados Unidos se mantiveram à parte.
Em outubro, o comitê científico apresentou uma nova avaliação, que será examinada em Paris, para determinar os limites de captura do atum do Atlântico a partir do próximo ano. O informe indica que os dados disponíveis são insuficientes para determinar a verdadeira situação das reservas do Atlântico oriental e do Mediterrâneo. No ano passado, a ICCAT adotou o limite de Capturas Totais Admissíveis (TAC), que chega a 13.500 toneladas para 2010, o que contradisse novamente o aconselhado pelos cientistas.
Além disso, a ICAAT decidiu posteriormente apresentar um plano de três anos (2011-2013) na reunião deste mês com base nos conselhos do comitê científico. Entretanto, e segundo o último e débil assessoramento do comitê, querem nos fazer crer que a manutenção das atuais TAC seria coerente com a meta de recuperação de 60% das reservas até 2022. Contrastando com essa infundada previsão, a comissária europeia de Pesca e Assuntos Marinhos, Maria Damanaki, deixou claro que a posição da União Europeia (UE) será coerente com os objetivos, compromissos e contextos legais do bloco.
Os 27 países da UE estão obrigados a adotar medidas de manejo dos pesqueiros que permitam recuperar as existências de peixes em suas águas até 2020, o que equivale a uma cota anual de atum do Atlântico da ICCAT na escala de zero a seis mil toneladas. Contudo, os senhores da indústria pesqueira alertam que “reduzir a cota de 13.500 toneladas para seis mil toneladas significaria que a tentação de pescar ilegalmente aumentaria, já que na maioria dos casos as capturas admitidas não permitiriam aos pescadores nem mesmo recuperar os custos”.
Até haver progresso substancial em todas as frentes, o manejo da pesca deveria estar sujeito a: - Uma TAC zero para 2011-2013 - Fechamento para pesca direta dos locais de criação na temporada de desova. - Imediata suspensão de toda pesca industrial pelos barcos de atum que fornecem o produto para as fábricas do Mediterrâneo, onde a produção está bem acima de 75% do total de capturas. - A redução de 5.192,6 toneladas das futuras cotas destinadas à França para penalizá-la por sua pesca excessiva em 2007, segundo as regras sobre devolução de cotas. - A criação de santuários em correlação com os lugares de desova para que as existências de biomassa de desova possam recuperar níveis de sustentabilidade.
Até então, o império da lei deve impedir que os ladrões de atum continuem saqueando as riquezas de nossos mares. Nada menos do que isso será suficiente para os decepcionados contribuintes que subsidiam generosamente esta vergonha ambiental, política, legal e econômica.
* O autor é analista de mercado e consultor independente sobre a indústria do atum. Direitos exclusivos IPS.
Fonte: http://www.ecofaxina.blogspot.com
Biólogo brasileiro "cura" célula autista com droga experimental
Em estudo publicado nesta sexta-feira (12/11), o Biólogo brasileiro Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia em San Diego, descreve como "curou" um punhado de células defeituosas com uma droga experimental.
Ao recriar neurônios a partir de células retiradas da pele de crianças com uma síndrome de autismo genética, Muotri identificou características da doença independentes do sintoma comportamental, observando as células vivas em microscópios.
"Isso sugere que a técnica tem um potencial de diagnóstico", diz. "É a primeira descrição de um modelo humano que recapitula uma doença psiquiátrica."
O Biólogo é cauteloso, porém, quando questionado sobre se seu trabalho é a descoberta de um tratamento para o autismo. A droga usada no experimento, a IGF-1, altera os níveis de insulina no organismo, e pode levar a uma série de efeitos colaterais indesejados caso seja administrada no sistema nervoso de pessoas normais.
Mesmo que a descoberta de um medicamento adequado possa levar décadas, Muotri se diz otimista. Ele está elaborando testes com uma série de outras drogas em um sistema robótico de experimentação, como o que empresas farmacêuticas usam.
"Não acho que uma droga conseguiria consertar tudo, no caso de alguém que tenha desenvolvido um problema de cognição e memória mais profundo. Mas mostramos que é possível reverter o estado desses neurônios em grande medida." As descobertas ganharam a capa da prestigiosa revista "Cell".
Síndrome de Rett
No estudo com células, reprogramadas, ele usou material biológico de crianças portadoras da síndrome de Rett, uma das variantes mais graves das várias doenças designadas como autismo.
Essa condição é causada pelo defeito em um único gene, o que facilita seu estudo em laboratório, mas não é representativa de todas as outras síndromes do autismo.
"Nós não sabemos ainda, porém, por que esse gene causa autismo quando sofre mutações", diz. Se for possível descobrir o mecanismo por meio do qual a doença se desenvolve, talvez seja possível entender a biologia dos casos esporádicos de autismo, que aparentam ter uma relação muito mais complexa com a genética.
Para isso, Muotri está estudando também neurônios reprogramados a partir de células da pele de crianças com outros tipos de autismo.
A técnica que ele usa para criar neurônios a partir de células é a mesma inventada pelo japonês Shinya Yamanaka, que reverteu células adultas a um estágio de desenvolvimento similar ao de células-tronco embrionárias.
Em menos de três anos, essas células --conhecidas pela sigla iPS-- se tornaram uma ferramenta tão popular na biologia experimental que Yamanaka já é visto como candidato ao prêmio Nobel.
Envie Dicas de Leitura!!
Dica de Leitura!!!
Além de Darwin
Reinaldo José Lopes
Além de Darwin – Evolução: o que sabemos sobre a história e o destino da vida, de Reinaldo José Lopes, é uma oportuna contribuição ao grande debate internacional que tem no centro a teoria da evolução. Pois além de toda a abrangência indicada no subtítulo, sua outra grande qualidade está na clareza e na agilidade de seu estilo, próximo ao das grandes reportagens (o autor é jornalista de ciência). Os títulos de suas partes principais falam por si: “Parceiros – dos deleites e das agruras de se reproduzir fazendo sexo”; “Mentes – da inteligência humana e de outras inteligências”, “Peças – dos blocos que montam a diversidade da vida”; “Elos – dos intermediários que comprovam o passado das espécies”; “Formas – das maneiras fascinantes e bizarras de se construir um corpo”; “Esperanças – do certo, do errado, da fé e da razão”; “Daqui pra frente – o que entender a história da vida significa para o nosso futuro”.
Ficha TécnicaTítulo: Além de Darwin
Autor: Reinaldo José Lopes
Editora: Globo
Genero: Livros Divulgação Científica
Páginas: 232
Doença faz mulher de 61 anos ter pele de 40
Susan Johnson, cujo corpo produz colágeno em excesso, exibe pele lisa e sem rugas aos 61 anos de idade.
Um distúrbio responsável pela produção de colágeno em excesso fez com que uma britânica de 61 anos tenha a pele de uma mulher de 40 anos.
Moradora de Colchester (leste da Inglaterra), Susan Johnson - cujo caso foi revelado pelo jornal "Daily Gazette" - sofre de uma rara doença chamada esclerodermia.
O distúrbio, que provoca um endurecimento anormal da pele, com perda de flexibilidade e mobilidade, ocorre quando o corpo produz colágeno (a proteína que nos faz parecer jovens) além da conta.
Muitas mulheres gastam milhares de reais em injeções de colágeno para melhorar o aspecto de sua pele e de seus lábios. A proteína também está presente em boa parte dos cremes antienvelhecimento.
Mas, embora o distúrbio deixe Johnson com pele firme no rosto, mãos, pescoço e pés, ele também causa fortes dores e o inchaço de suas articulações.
"Não tenho nenhuma pele solta nos meus braços, então carregar sacolas ou fazer compras é muito doloroso, e não tenho forças neles para me levantar da banheira", disse ela ao "Daily Gazette".
"Mesmo descascar uma batata pode ser difícil, já que os meus dedos são dobrados."
Clima úmido ou frio
Segundo Johnson, suas dores se intensificam ainda mais quando o clima está úmido ou frio. Ela conta que descobriu a doença no último inverno, quando a temperatura caiu e seus dedos começaram a formigar, além de ficarem azulados e avermelhados.
Inicialmente, os médicos acharam que Johnson sofria do fenômeno de Raynaud, distúrbio que impede que o sangue alcance os dedos das mãos e dos pés com a mudança de temperatura.
Mas, após passar por exames num hospital em Londres, ela foi diagnosticada com esclerodermia.
Os sintomas do distúrbio que acomete Johnson são semelhantes ao do reumatismo, mas a esclerodermia pode também afetar órgãos internos.
No caso da britânica, porém, só a pele foi afetada.
"Tenho 61 e digo ao meu marido, Keith, que parece que ele está casado com uma mulher de 30 anos", diz ela.
Tratamento
Para tratar a doença, que afeta três vezes mais mulheres do que homens, Johnson recorre diariamente a esteroides, remédios para circulação sanguínea e imunossupressores.
Não há causas conhecidas para a esclerodermia, mas sabe-se que ela não é contagiosa nem hereditária e que costuma se manifestar entre os 25 e os 55 anos.
Por enquanto, ela não tem cura, apenas um tratamento que alivia os seus sintomas.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude
Tartarugas ameaçadas são devolvidas ao mar na Indonésia
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Cientistas identificam três novas espécies de sapos na Colômbia
Um expedição de conservacionistas que procuravam uma espécie de sapo tida como extinta acabou descobrindo três novas espécies de anfíbios.
Os animais, nunca antes identificados, foram encontrados na Colômbia. Entre eles, está um sapo que produz veneno e um outro que tem olhos vermelhos.
Os animais identificados na expedição tendem a ser mais ativos durante o dia, um comportamento raro entre anfíbios.
No entanto, os mesmos cientistas falharam em localizar a espécie que procuravam: o sapo da Mesopotâmia (Rhinella rostrata), que teria sido visto pela última vez em 1914.
Enviado por: Natalia Gimenes
Fonte:http://verde.br.msn.com/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=26379931
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Britânicos criam mosquito estéril para eliminar vetores da dengue
Cientistas britânicos criaram um mosquito geneticamente modificado que, por transmitir um gene assassino, pode eliminar a população de insetos causadores da dengue.
A empresa chamada Oxitec fez um pequeno teste de campo nas ilhas Cayman, no Caribe. Liberando na natureza 3 milhões de mosquitos geneticamente modificados, reduziram em 80% a população de mosquitos Aedes aegypti num prazo de seis meses numa pequena área.
A dengue, doença que pode ser letal e é endêmica em vários países, inclusive no Brasil, é transmitida pela picada da fêmea do mosquito. 'A ideia é que soltando machos estéreis eles vão acasalar com as fêmeas selvagens', disse Luke Alphey, cientista-chefe e cofundador da Oxitec.
'Uma das principais vantagens é que os machos buscam ativamente as fêmeas - eles são programados para isso.'
O resultado desse acasalamento gera larvas que morrem antes ou logo depois de atingirem a maturidade como mosquitos. Por causa da alteração genética, os mosquitos só sobrevivem se forem tratados com o antibiótico tetraciclina.
Dessa forma, é possível administrar o 'antídoto' a eles em laboratório, criando grandes populações de machos com essa alteração do DNA. 'Quando soltamos os machos na natureza e eles se acasalam com as fêmeas, toda a prole herda uma cópia do gene que os mata se não receberem o antídoto', disse Alphey.
A Organização Mundial da Saúde estima que haja 50 milhões de casos de dengue por ano no mundo, dos quais 25 mil sejam fatais. Não há vacina nem tratamento eficaz, e especialistas dizem que é urgente encontrar novas formas de conter a difusão da doença, cuja incidência global cresceu fortemente nas últimas décadas.
Angela Harris, da Unidade de Pesquisa e Controle de Mosquitos das ilhas Cayman, se disse muito animada com os resultados do teste, realizado de abril a outubro. "Um dos principais problemas da dengue é que não há cura, não há vacina e não há drogas que você possa tomar para evitá-la ou sarar. Então o único controle [...] é matar os mosquitos e assegurar que eles não estejam lá para transmitir o vírus."
Alphey disse que a Oxitec, com sede em Oxford, está negociando com autoridades de vários países, inclusive Brasil, Malásia e Panamá, para realizar testes mais amplos.
Fonte:g1.globo.com
Estudo: diversidade amazônica é mais antiga do que o imaginado
Dois artigos publicados na revista Science indicam que a biodiversidade encontrada na Floresta Amazônica é mais antiga do que o estimado anteriormente. As informações são da Agência Fapesp.
O primeiro artigo, de pesquisadores da Universidade de Amsterdã, na Holanda, destaca descobertas que reconhecem a lenta elevação da cordilheira dos Andes como a principal força propulsora da biodiversidade da floresta. O estudo fala sobre os processos geológicos da floresta Amazônica ocorridos durante a era Cenozoica, que abrangeu os últimos 65,5 milhões de anos.
O segundo artigo, de cientistas do Instituto Smithsonian de Pesquisa Tropical, no Panamá, aponta efeitos de um evento de aquecimento global dos mais importantes dos últimos 65 milhões de anos: o Máximo Térmico do Paleoceno-Eoceno, ocorrido nas florestas tropicai da Venezuela e Colômbia. Segundo o estudo, as flrestas prosperaram nas condições de altas temperaturas e elevadas concentrações de dióxido de carbono que dominavam a região à época.
Fonte: Terra
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Relatório da Unesco aponta Brasil como 13º maior produtor de ciência
Publicação dedica capítulo inteiro para analisar pesquisa no país.
Classificação é baseada no número de artigos científicos publicados.
O Brasil é o 13º maior produtor de ciência do mundo, segundo dados de um relatório da Unesco. A classificação leva em conta o número de artigos científicos publicados por cada país, sendo que o Brasil chegou, em 2008, a 26.482. Na contagem mundial, a participação brasileira no total de estudos foi de 0,8% em 1992 para 2,7% em 2008. O documento pode ser consultado na íntegra em inglês (http://www.unesco.org/science/psd/publications/usr_2010.pdf).
Para o órgão da ONU, a estabilidade econômica do país entre 2002 e 2008 e o aumento no número de doutores - de 554, em 1981, para 10.711, em 2008 - foram os principais motivos para a melhora no desempenho brasileiro no setor científico.
Entre 2000 e 2008, o gasto do governo brasileiro com pesquisa e desenvolvimento subiu 28%, passando de R$ 25,5 bilhões para R$ 32,8 bilhões. Mesmo assim, a expansão da ciência brasileira não acompanhou o ritmo da economia, já que a razão entre o gasto com pesquisa e o PIB brasileiro, no mesmo intervalo, foi de 1.02% para 1.09%.
A maior parte das pesquisas são realizadas por instituições acadêmicas. As universidades também detêm a maior parte dos pesquisadores (57%) como empregados. Outros 6% estão em institutos de pesquisa. O restante (37%) está ligado ao setor empresarial. O dado se reflete no baixo número de patentes obtidas pelo país, somente 103 em 2009. Quatro anos antes, por exemplo, foram 106 patentes úteis aprovadas.
A penetração pequena de cientistas nas empresas e indústrias é um dos problemas apontados pelo relatório no Brasil. Outros desafios são tornar as melhores universidades brasileiras em centros de referência mundiais e expandir a capacidade de fazer ciência de ponta a cidades fora do eixo São Paulo-Rio de Janeiro, especialmente na Amazônia e no Nordeste.
Sete universidades são citadas como as principais do país, segundo o documento, contando com 60% de todos os artigos científicos brasileiros publicados em 2009: Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Universidade de Minas Gerais (UFMG), Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
São Paulo
O estado paulista é destaque no campo de pesquisa científica, já que detém três das universidades citadas pela Unesco e recebe entre 30% e 35% do investimento de agências federais de fomento.
A contribuição do estado para o gasto com pesquisa e desenvolvimento em 2007 superou países como Chile, Argentina e México.
Fonte: g1.globo.com
Classificação é baseada no número de artigos científicos publicados.
O Brasil é o 13º maior produtor de ciência do mundo, segundo dados de um relatório da Unesco. A classificação leva em conta o número de artigos científicos publicados por cada país, sendo que o Brasil chegou, em 2008, a 26.482. Na contagem mundial, a participação brasileira no total de estudos foi de 0,8% em 1992 para 2,7% em 2008. O documento pode ser consultado na íntegra em inglês (http://www.unesco.org/science/psd/publications/usr_2010.pdf).
Para o órgão da ONU, a estabilidade econômica do país entre 2002 e 2008 e o aumento no número de doutores - de 554, em 1981, para 10.711, em 2008 - foram os principais motivos para a melhora no desempenho brasileiro no setor científico.
Entre 2000 e 2008, o gasto do governo brasileiro com pesquisa e desenvolvimento subiu 28%, passando de R$ 25,5 bilhões para R$ 32,8 bilhões. Mesmo assim, a expansão da ciência brasileira não acompanhou o ritmo da economia, já que a razão entre o gasto com pesquisa e o PIB brasileiro, no mesmo intervalo, foi de 1.02% para 1.09%.
A maior parte das pesquisas são realizadas por instituições acadêmicas. As universidades também detêm a maior parte dos pesquisadores (57%) como empregados. Outros 6% estão em institutos de pesquisa. O restante (37%) está ligado ao setor empresarial. O dado se reflete no baixo número de patentes obtidas pelo país, somente 103 em 2009. Quatro anos antes, por exemplo, foram 106 patentes úteis aprovadas.
A penetração pequena de cientistas nas empresas e indústrias é um dos problemas apontados pelo relatório no Brasil. Outros desafios são tornar as melhores universidades brasileiras em centros de referência mundiais e expandir a capacidade de fazer ciência de ponta a cidades fora do eixo São Paulo-Rio de Janeiro, especialmente na Amazônia e no Nordeste.
Sete universidades são citadas como as principais do país, segundo o documento, contando com 60% de todos os artigos científicos brasileiros publicados em 2009: Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Universidade de Minas Gerais (UFMG), Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
São Paulo
O estado paulista é destaque no campo de pesquisa científica, já que detém três das universidades citadas pela Unesco e recebe entre 30% e 35% do investimento de agências federais de fomento.
A contribuição do estado para o gasto com pesquisa e desenvolvimento em 2007 superou países como Chile, Argentina e México.
Fonte: g1.globo.com
Unisanta promove, em 2011, Simpósio de Biologia Marinha, com o tema Desenvolvimento Sustentável
A Universidade Santa Cecília (Unisanta) realiza, de 4 a 8 de julho de 2011, o XIV Simpósio de Biologia Marinha. Serão 24 minicursos, 10 palestras, 1 mesa-redonda, apresentação de trabalhos científicos na forma de painéis e oral, oficinas, além de atividades opcionais e concurso de fotos.
Seguindo as diretrizes da Conferência das Nações Unidas (ONU), que será realizada no Rio de Janeiro em 2012, o tema o Simpósio será Desenvolvimento Sustentável.
O objetivo deste encontro é promover o intercâmbio de conhecimentos entre pesquisadores e estudantes da graduação e pós-graduação, além de criar oportunidades de discussões sobre temas relevantes à Biologia Marinha.
Informações: simposiobiomar@unisanta.br
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Ativistas querem fim de fazendas de ursos na Coreia do Sul
Ursos-negros-asiáticos são mantidos em jaulas para extração de bile.
Organizações de defesa de direitos de animais na Coreia do Sul querem aproveitar a reunião de líderes do G20, em Seul, para fazer campanha contra as fazendas de criação de ursos-negros-asiáticos.
Os ursos são mantidos nas fazendas para a extração da bile do animal, usada como remédio na medicina tradicional chinesa para tratamento de várias doenças. Assista ao vídeo.
Nas fazendas, são mantidos até centenas de ursos, fechados em jaulas. Os fazendeiros alegam que eles são bem tratados.
Mas os ativistas afirmam que a Coreia do Sul é um dos poucos países que ainda permitem a prática.
A ativista da organização Green Korea United Kim Mi-young diz que, como são animais selvagens, os ursos sofrem estresse dentro das jaulas.
A extração de bile da vesícula com o uso de seringa ou cateter de ursos vivos e anestesiados foi proibida na Coreia do Sul. Mas imagens gravadas com uma câmera escondida por um dos canais de televisão mais importantes do país mostraram que a prática continua.
A questão preocupa o governo da Coreia do Sul, que estará sob os holofotes da mídia mundial nesta semana por sediar a reunião do G20.
Choi Jong-won, do Ministério do Meio Ambiente, disse que o governo está tentando resolver a situação. Mas, lembrou que estes ursos são propriedade particular e que é difícil acabar com a prática de um dia para o outro.
Os ativistas esperam que o governo se disponhe a indenizar os fazendeiros que tiverem suas propriedades fechadas.
Fonte: http://www.g1.com
Organizações de defesa de direitos de animais na Coreia do Sul querem aproveitar a reunião de líderes do G20, em Seul, para fazer campanha contra as fazendas de criação de ursos-negros-asiáticos.
Os ursos são mantidos nas fazendas para a extração da bile do animal, usada como remédio na medicina tradicional chinesa para tratamento de várias doenças. Assista ao vídeo.
Nas fazendas, são mantidos até centenas de ursos, fechados em jaulas. Os fazendeiros alegam que eles são bem tratados.
Mas os ativistas afirmam que a Coreia do Sul é um dos poucos países que ainda permitem a prática.
A ativista da organização Green Korea United Kim Mi-young diz que, como são animais selvagens, os ursos sofrem estresse dentro das jaulas.
A extração de bile da vesícula com o uso de seringa ou cateter de ursos vivos e anestesiados foi proibida na Coreia do Sul. Mas imagens gravadas com uma câmera escondida por um dos canais de televisão mais importantes do país mostraram que a prática continua.
A questão preocupa o governo da Coreia do Sul, que estará sob os holofotes da mídia mundial nesta semana por sediar a reunião do G20.
Choi Jong-won, do Ministério do Meio Ambiente, disse que o governo está tentando resolver a situação. Mas, lembrou que estes ursos são propriedade particular e que é difícil acabar com a prática de um dia para o outro.
Os ativistas esperam que o governo se disponhe a indenizar os fazendeiros que tiverem suas propriedades fechadas.
Fonte: http://www.g1.com
Monstruosidade:" Do osso à pele: mil partes de tigres são apreendidas em 10 anos"
Imagem:Soldados tailandeses recuperam corpos de tigres e leopardos que seriam traficados
Mais de mil partes de tigres mortos por caçadores foram encontradas na Ásia na última década, o que aumenta o medo da extinção da maior espécie de felinos, indica um novo estudo. O relatório da organização Traffic afirma que a maioria dessas partes - geralmente peles, ossos, crânios e pênis - foram apreendidos na Índia, China e Nepal e são destinadas a medicina tradicional, decoração e como amuletos. As informações são da agência AP.
A maior rota de tráfico, descoberta nos últimos anos, começa na Índia - onde se encontra metade da população mundial do animal - e acaba na China, onde as partes são vendidas também como alimento e afrodisíaco. O estudo afirma que o crescimento econômico chinês também ajudou no aumento do tráfico de carcaças de tigres.
O relatório aponta que, na última década - até abril deste ano -, foram capturadas entre 1.069 e 1.220 partes de tigres em 11 dos 13 países nos quais vive a espécie. O documento não indica quantas apreensões ocorreram em cada ano, mas especula que os números oficiais estão bem abaixo dos reais, o que pioraria ainda mais os dados.
Outros estudos indicam que há 100 anos existiam cerca de 100 mil tigres na natureza.
Hoje, o número é estimado em 3,2 mil. A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) coloca o tigre em sua lista vermelha de espécies ameaçadas de extinção. Segundo a união, a perda de habitat e a caça são as principais ameaças ao animal.
Fonte: Terra
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Cientistas descobrem como transformar células da pele em sanguíneas
Equipe de cientistas da Universidade McMaster, no Canadá, abriu neste domingo a possibilidade de se obter uma fonte interminável de sangue ao anunciar a descoberta de uma técnica que permite transformar diretamente células da pele de adultos na substância. A pesquisa foi publicada neste domingo na revista Nature.
"Essencialmente revelamos o método que nos permite transformar células da pele de adultos em células sanguíneas, sem que tenham que passar por uma etapa intermediária que são as células-tronco pluripotentes induzidas (iPS)", disse Mick Bathia, cientista líder da equipe, em entrevista à Agência Efe.
Segundo os pesquisadores, antes de partir para os resultados práticos da descoberta, o estudo terá que passar por outras etapas, especialmente para verificar a segurança dessa medida, mas as possibilidades que se abrem são promissoras.
"Vemos muitos caminhos. Estamos pensando especialmente em pacientes com leucemia. Nesses casos, o sistema sanguíneo sofre uma mudança genética" e os pacientes precisam de células sanguíneas que não sofram rejeição. "Utilizar células da pele" pode ser a solução, destacou Bathia.
Fonte: Terra
Sapo de LEGO é dissecado para concurso
'Experiência' é bem mais interessante e ambientalmente correta!
Chega de aulas de laboratório crueis, onde alunos abrem o corpinho de animais inocentes, mesmo que em nome da ciência. Para quê tudo isso em um mundo onde existe LEGO?
As pecinhas plásticas do brinquedo já foram utilizadas na construção de veículos diversos, prédios, robôs e muito mais, mas dessa vez, serviram para a recriação perfeita de um sapo dissecado. O bichinho está muito bem representado e nenhum outro tipo de material foi usado no trabalho.
A melhor parte é poder ver por dentro de um sapo sem ter que usar um animal de verdade nada correto e um tanto desagradável. E os criadores foram caprichosos: até a mesa e os instrumentos cirúrgicos são feitos de LEGO , aponta o site Geeky Gadgets .
A obra foi feita por Dave Kaleta especialmente para as a categoria 'LEGO Anatomy' das olimpíadas do site MOC Pages , especializado em criações com LEGO , uma competição que envolve meteoros, naves steampunks, autorretratos e muito mais.
Fonte:http://br.tecnologia.yahoo.com/
domingo, 7 de novembro de 2010
Um quinto dos vertebrados corre risco de extinção
Agência FAPESP – A má notícia é que um número crescente de aves, anfíbios, répteis, peixes e mamíferos tem se aproximado da extinção. A boa notícia é que o número poderia ser pior, não fossem as medidas de conservação colocadas em prática em todo o mundo nas últimas décadas.
Nesta terça-feira (26/10), em Nagoia, no Japão, durante a 10ª Conferência das Partes (COP 10) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), foi divulgado o resultado de um grande estudo que procurou avaliar o estado atual dos vertebrados no planeta.
O trabalho foi feito por 174 cientistas de diversos países, entre os quais o Brasil. Os resultados foram publicados na edição on-line da Science e sairão em breve na edição impressa da revista.
Foram analisados dados de vertebrados, incluindo as mais de 25 mil espécies presentes na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês). O problema é tão grande que o grupo afirma se tratar da sexta extinção em massa na história do mundo.
O estudo mostra que um quinto dessas espécies pode ser classificado como “ameaçado” e que o número tem aumentado. Em média, 52 espécies de mamíferos, aves e anfíbios se movem de categoria a cada ano, aproximando-se da extinção.
Do total de vertebrados existentes, 20% estão sob alguma forma de ameaça, incluindo 25% de todos os mamíferos, 13% das aves, 22% dos répteis, 41% dos anfíbios, 33% dos peixes cartilaginosos e 15% dos peixes com osso.
Nas regiões tropicais, especialmente no Sudeste Asiático, estão as maiores concentrações de animais ameaçados e, segundo o levantamento, a situação é particularmente séria para os anfíbios. A maior parte dos declínios é reversível, destacam, mas se nada for feito a extinção pode se tornar inevitável.
Os declínios poderiam ter sido 18% piores se não fossem as medidas de conservação da biodiversidade postas em prática. Esforços para lidar com espécies invasoras se mostraram mais eficientes do que as direcionadas a fatores como perdas de habitat ou caça, aponta o trabalho.
Os autores destacam a importância e a urgência das políticas públicas para conservação da biodiversidade. Segundo eles, decisões tomadas hoje poderão representar, daqui a 20 anos, uma diferença na área preservada das florestas atuais no mundo de cerca de 10 milhões de quilômetros quadrados – algo maior do que o tamanho do Brasil.
O artigo The Impact of Conservation on the Status of the World’s Vertebrates (doi:10.1126/science.1194442), de Michael Hoffmann e colegas, pode ser lido por assinantes da Science em http://www.sciencexpress.org
Fonte: http://biologias.com
A destruição dos manguezais e suas consequências
O Brasil por ter uma grande extensão territorial (aproximadamente 8.511.965 Km²) e uma localização geográfica que é favorável ao desenvolvimento da biodiversidade possui diferentes biomas em seu território. Antes de falar sobre os diferentes biomas que existem no Brasil é preciso definir o que é bioma e ecossistema. .
Bioma é um conjunto de ecossistemas que funcionam de forma estável, ou seja, está em equilíbrio ecológico o que torna esses ecossistemas auto-sustentáveis.
¨Pode-se, portanto entender ecossistema como uma rede de convivência dos seres habitantes de determinado meio ambiente – fauna, flora e microorganismos-, relacionando-se com os outros elementos deste e entre si, tendendo a um equilíbrio dinâmico e evoluindo ao longo do tempo. ¨ (ROCHA at al. 2007)
Os biomas brasileiros são conhecidos por terem grande diversidade de fauna e flora.
Alguns dos biomas presentes no Brasil são: Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Mata de Cocais, Manguezal, Mata dos Pinhais, Cerrado, entre outros. O Manguezal é um dos chamados biomas litorâneos e são muito comuns por toda a extensão litorânea do Brasil.
“O Brasil possui uma das maiores extensões de manguezais do mundo, estendendo-se do Estado do Amapá ao Estado de Santa Catarina, sendo considerado um dos ambientes costeiros mais produtivos.” (KRUG at al., 2007)
Os Manguezais são ecossistemas que portam comunidades vegetais típicas de ambientes alagados, resistentes a alta salinidade da água e do solo. Colonizam as costas tropicais e subtropicais, estando presentes nas Américas, África, Ásia e Oceania. No Brasil, os manguezais ocorrem desde o Cabo Orange no Amapá, até a cidade de lacuna em Santa Catarina. (Santos, 2008)
Os manguezais sempre foram considerados ambientes com poucos atrativos e menosprezados, embora tenham uma grande importância econômica e ambiental. Esse bioma não recebeu grandes atenções, pois no passado a presença de mangue estava associada à febre amarela e á malária. Outra característica que faz do manguezal um ambiente nada atrativo é que seu solo exala um odor característico de gás metano e enxofre devido à grande quantidade de matéria orgânica em decomposição.
“Apesar de todas essas importantes funções, os manguezais eram comumente considerados, no passado, como ‘terras baldia’, chegando-se inclusive a afirmar que deveriam ser transformados em terras ‘úteis e produtivas’.” (ROCHA at al., 2007)
Segundo Coelho-Jr (1998) a estrutura e produtividade dos manguezais estão controlados, principalmente, pela freqüência de inundação pelas marés, taxa de evaporação e aporte de água doce (fluvial e pluvial). Tais fatores são determinantes na biodiversidade do ecossistema, sendo muitas espécies de importância econômica, e alta produtividade primária e secundária (Coelho 1998 apoud Lugo & Snedaker, 1974; Hutchings & Saenger, 1987; Ball, 1988)
Os manguezais prestam um grande serviço para os ecossistemas. Existem diversos trabalhos que citam as funções exercidas pelos manguezais a favor de outros ecossistemas. (COELHO-JR, 1998) →Essas funções são:
1.Fonte de matéria orgânica particulada e dissolvida que constitui a base da cadeia trófica a que pertencem muitas espécies de importância econômica;
2.Proteção da costa contra erosão, assoreamento, prevenção de inundações e proteção contra tempestades;
3.Funciona como um filtro natural, atuando ativamente na filtração e imobilização de produtos químicos (por exemplo, metais pesados).
4.Manutenção da biodiversidade da região costeira;
5.Área de abrigo para alimentação e reprodução de centenas de espécies marinhas, estuarinas e terrestres. Por isso é chamado por vários autores de o berçário da vida marinha;
[...] o manguezal sendo um ecossistema dos mais complexos do Planeta, favorece a segurança alimentar advinda das atividades de subsistência, pois atua como suporte para a pesca e a meriscagem. Serve ainda á preservação das aves, por estar vinculado a rotas de migração de várias espécies, e à geração e produção de vida animal, principalmente marinha, sendo um verdadeiro ¨berçário da vida¨ (ROCHA at al. ,2007)
O mangue funciona como habitar temporário para varias espécies (COELHO, 1998) → diversas espécies alóctones de importância econômica utilizam os estuários margeados por manguezais para reprodução ou para desenvolvimentos de estágios de seus ciclos de vida. Destacam-se os camarões, que através das correntes marinhas penetram nessas áreas na fase de pós-larva, encontrando alimento abundante e abrigo contra muitos predadores. Ao atingirem o estado juvenil migram para áreas marinhas contíguas, onde permanecem até atingirem o estágio de maturação[...] (Coelho 1998 apoud Pereira, 1983; SUDAM/UFMA, 1981; Garcia & Le Reste, 1987, Dantas & Araujo, 1997)
Um papel muito importante desempenhado porem muito pouco conhecido dos manguezais é para com os recifes de corais. (ROCHA at al, 2007) → Essa interação entre água doce e água marinha mostra-se muito importante, por exemplo, em relação aos corais, que dependem dos manguezais, pois este funciona como controladores da qualidade da água costeira. Em contra partida, os corais protegem os manguezais das ondas de forte energia, dissipando-as e criando águas de baixa força e baixa energia, o que é muito relevante para o equilíbrio do manguezal
Mesmo com toda sua importância econômica e ambiental os manguezais vêm sendo degradados. Existem muitos fatores que causam a destruição: Moradias irregulares, Loteamentos e marinas; Desmatamento; Despejo de resíduos sólidos e efluentes industriais; Dragagem; Pesca predatória.
A destruição dos manguezais esta chegou a níveis alarmantes, tanto que no dia 13 de Julho de 2010 foi lançada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA, um Atlas sobres os manguezais existentes em 123 países tropicais e subtropicais. Esse atlas traz informações sobre os diversos ecossistemas formados a partir dos manguezais. Segundo o PNUMA, a pesca de camarões e o desenvolvimento são os principais fatores que estão fazendo os manguezais serem destruídas quatro vezes mais rápidas que as florestas terrestres.
O Atlas revela que uma quinta parte destes ecossistemas foram destruídos desde 1980.
(Jornal O Estado de São Paulo, 13 de Julho de 2010)
A supressão dos estoques naturais relacionadas à destruição dos ecossistemas costeiros causará a supressão de valores culturais difíceis de serem quantificado, que se perdem no tempo e praticamente não retornam às origens nas gerações futuras. (COELHO, 1998)
Alem da iniciativa de reflorestamento é necessário que se faça uma conscientização da importância desse ecossistema para que diminua a quantidade de resíduos sólidos despejados no mangue. Pois como dissemos anteriormente muitos ecossistemas dependem dos nutrientes fornecidos pelo manguezal e a pesca esta diretamente relacionada e se pensarmos que muitas comunidades dependem financeiramente da pesca, as destruições dos mangues afetam diretamente essas comunidades. Entre os peixes economicamente importantes estão: Tainha (Mugil sp), Robalo (Centropomus sp e a Sardinha (Sardinella sp).
“ Os manguezais servem de zona de desova e de alimento de inumeráveis espécies de peixes, chegando a 80% dos recursos pesqueiros dependerem, direta ou indiretamente deles [...]” (ROCHA at al , 2007)
Eduardo M. Franco
Dezenas de baleias são encontradas mortas em praia irlandesa
Ambientalistas estão tentando encontrar as causas da morte de 35 baleias na costa da Irlanda do Norte. Os animais foram encontrados em Ruthland Island, no noroeste do país, neste sábado. Acredita-se que sejam, em sua maioria, fêmeas e seus filhotes.
Simon Berrow, membro de um grupo irlandês de proteção a baleias e golfinhos, disse que o episódio é uma das maiores mortes em massa de baleias no país.
Nos anos 1960, 60 baleias morreram na costa oeste de Kerry; e 35 a 40 animais foram encontrados mortos no norte de Kerry, em 2001.
Ambientalistas suspeitam que equipamentos da Marinha britânica possam ter atrapalhado as habilidades de navegação das baleias, fazendo com que encalhassem. A BBC não conseguiu contato com a Marinha para comentar o assunto.
Nos Estados Unidos, a Marinha americana foi orientada a não usar sonares de frequência média durante exercícios navais, entre 2007 e 2009, depois que um juiz decidiu a favor de ambientalistas, segundo os quais os equipamentos prejudicavam mamíferos marítimos.
Uma equipe de estudiosos do centro Galway/Mayo Institute of Technology visitou o condado irlandês de Donegal, onde as baleias encalharam, para buscar causas para o ocorrido.
Fonte: Terra
Simon Berrow, membro de um grupo irlandês de proteção a baleias e golfinhos, disse que o episódio é uma das maiores mortes em massa de baleias no país.
Nos anos 1960, 60 baleias morreram na costa oeste de Kerry; e 35 a 40 animais foram encontrados mortos no norte de Kerry, em 2001.
Ambientalistas suspeitam que equipamentos da Marinha britânica possam ter atrapalhado as habilidades de navegação das baleias, fazendo com que encalhassem. A BBC não conseguiu contato com a Marinha para comentar o assunto.
Nos Estados Unidos, a Marinha americana foi orientada a não usar sonares de frequência média durante exercícios navais, entre 2007 e 2009, depois que um juiz decidiu a favor de ambientalistas, segundo os quais os equipamentos prejudicavam mamíferos marítimos.
Uma equipe de estudiosos do centro Galway/Mayo Institute of Technology visitou o condado irlandês de Donegal, onde as baleias encalharam, para buscar causas para o ocorrido.
Fonte: Terra
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Copos ecológicos de papel podem substituir descartáveis
Já é do conhecimento de todos que copinhos plásticos são responsáveis por uma grande parcela do lixo que polui a natureza. Apesar de parecer prático, estes pequenos objetos causam problemas até para animais aquáticos que confundem o plástico com alimento e morrem sufocados. Porém uma nova tecnologia foi desenvolvida para manter a praticidade dos copinhos plásticos e aumentar o nível de sustentabilidade do produto.
Os copos ecológicos são compostos por um papel e um pequeno revestimento plástico. A invenção já existe em países asiáticos há pelo menos 10 anos e, só agora, a tecnologia foi importada e o produto é feito no Brasil.
Desenvolvidos pela empresa Ecopos, os copinhos são uma espécie de envelope com nove centímetros de altura por seis de comprimento. A capacidade de cada um é de 65 mililitros.
O objetivo da empresa é diminuir a quantidade de lixo produzida e ocupar menos espaço para armazenamento e transporte, o que, consequentemente, diminuiria também a quantidade de gases poluentes emitidos já que menos viagens seriam necessárias.
Os produtos são feitos com papel de fibras virgens (para evitar qualquer tipo de contaminação do material) reflorestadas, não possuem corantes e podem ser utilizados mais de uma vez.
Um copo ecológico é feito de papel, fácil de usar, e quando descartado não deixa resíduos tóxicos na natureza. O produto se degrada em até 18 meses.
"A vantagem de adquirir o nosso 'ecopo' é ter menos volume de lixo gerado. Além disso, ele é econômico porque é mais barato que o plástico e totalmente ecológico", diz o gerente da empresa Stephano Shin em entrevista. Além de ecológico, os ecocopos são baratos: uma caixa com quatro mil copos sai por R$ 52,00.
O gerente também conta que como a embalagem é pequena, os ecopos podem também ajudar a evitar o desperdício de água. "Muita gente enche copos e acaba não consumindo tudo. Com copos menores, isso acontece menos. E quem quiser, pode sempre repertir", comenta.
A novidade só não se adequa muito bem a bebidas quentes. Como o copo é feito de papel e é fino, o líquido poderia queimar a mão de quem segurasse. Os copinhos sustentáveis são produzidos em São Paulo e podem ser comprados através do site oficial da empresa
Fonte: Terra
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Fibra de crustáceos pode despoluir rios contaminados com metais pesados
Uma fibra retirada de crustáceos, como camarão e lagosta, pode ajudar a despoluir rios e lagos contaminados por metais pesados, de acordo com uma pesquisa da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
A fibra, chamada quitosana, é abundante na natureza e comumente usada pela indústria farmacêutica para outras finalidades.
“Ela é extraída da casca de crustáceos, como caranguejos, que são descartados pela indústria pesqueira”, disse a pesquisadora Elaine Nogueira Lopes de Lima, que apresentou o trabalho como tese de doutorado em química.
Para extrair da água metais como cobre e chumbo, que podem contaminar animais e plantas nas proximidades, a quitosana é alterada quimicamente, ficando com capacidade de “aderir” a essses elementos.
“A quitosana é usada em forma de pó. Quando jogada na água, os metais grudam nas moléculas”, disse Lima.
Em seguida, é feita uma filtragem para retirar o pó com metais pesados absorvidos.
O pó da fibra pode ser reutilizado depois de retirados os metais pesados.
Com os resultados positivos, a pesquisadora já planeja testar outras reações em misturas com quitosana, desta vez em fármacos. O objetivo é que o tratamento nos rios seja ampliado para substâncias tóxicas desta área.
Fonte: Maurício Simionato/ Folha.com
Extraido de:http://ibiodiversidade.wordpress.com/
Noticia enviada por:Ana Carolina Camerini
Uma incrível casa de jornais reciclados demonstra o verdadeiro potencial do papel
Os sacos de lixo de nossas casas estão cheios de valiosos materiais que usamos no dia-a-dia: plásticos, papel, tecidos, etc. Diversos designers ao redor do mundo estão trabalhando com materiais descartados para chamar a atenção das pessoas para a importância da reciclagem, mas são projetos como o da Casa de Papel (http://www.paperhouserockport.com - fonte: Greenopolis http://greenopolis.com/goblog/litegreen/house-made-newspaper-lasts-88-years) que nos fazem apreciar o verdadeiro valor desta prática.
A casa, localizada na cidade de Rockport, no estado de Massachusetts (Estados Unidos), foi construída pelo engenheiro Elis Stenman, e é inteiramente recoberta de cilindros de papel-jornal. Apesar da estrutura ser de madeira, todo o isolamento e acabamento foram feitos com papel aglutinado e envernizado.
Stenman começou a construir a casa em 1922 e, depois de terminá-la em 1924, nela ele passou todos os verões até 1930. Desde então, a casa tem suportado estoicamente a passagem do tempo e acabou se tornando uma atração turística da cidade.
Calcula-se que existam mais de 100 mil jornais reciclados na casa. Além de recobrir as paredes, eles também formam móveis como um piano, mesas, cadeiras e luminárias.
Com o tempo, foram acrescentadas novas estruturas, como uma galeria para proteger as superfícies externas das intempéries e novas camadas de verniz.
Ninguém sabe bem por que o engenheiro decidiu executar este projeto, mas isso não importa. O mais interessante é que ele demonstra o real valor do que muitas vezes consideramos lixo. Quantas coisas poderíamos fazer ao reciclar materiais e evitar que o valioso papel acabe nos lixões, diminuindo a pressão sobre a extração de novos recursos?
Você já tem um projeto para o fim de semana!
Fonte:http://www.discoverybrasil.com/
Estudo: um quinto das plantas está em risco de extinção
Mais de um quinto das espécies de plantas do mundo corre o risco de se extinguir, uma tendência com efeitos potencialmente catastróficos para a vida na Terra, revela um estudo publicado esta quarta-feira. Uma pesquisa em separado alertou que a extinção dos mamíferos havia sido superestimada e sugeriu que algumas espécies que se acreditavam extintas ainda poderão ser redescobertas.
Stephen Hopper, diretor do Royal Botanic Gardens em Kew, Londres, disse que o relatório sobre a perda de plantas foi o mapeamento mais preciso já feito sobre a ameaça para as estimadas 380 mil espécies de plantas do planeta.
"Este estudo confirma o que nós já suspeitávamos: que plantas estão sob ameaça e que a principal causa é a perda de hábitat pelas mãos do homem", disse Hopper no lançamento da chamada Sampled Red List Index. O estudo, realizado por Kew, em conjunto com o Museu de História Natural, em Londres, e com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), estabelece as "linhas gerais" dos futuros esforços de preservação, afirmou.
"Não podemos nos sentar o observar o desaparecimento das espécies de plantas. As plantas são a base de toda a vida na Terra, fornecendo ar limpo, água, comida e combustível. Toda a vida animal depende dela, assim como nós", acrescentou Hopper.
O estudo é publicado antes de uma reunião, em Nagoia, no Japão, entre 18 e 29 de outubro, quando membros da Convenção da Biodiversidade, das Nações Unidas, estabelecerá novas metas para salvar as espécies ameaçadas. Craig Hilton-Taylor, da IUCN, disse esperar que o encontro de Nagoia estabeleça uma meta para se evitar a extinção de quaisquer espécies ameaçadas até 2020.
"Queremos nos assegurar de que as plantas não serão esquecidas", afirmou. Em seu estudo, os pesquisadores avaliaram cerca de quatro mil espécies, das quais 22% foram classificadas em risco, especialmente nas florestas tropicais.
As plantas estão mais ameaçadas do que as aves, tão ameaçadas quanto os mamíferos e menos do que os anfíbios e os corais, destacou a pesquisa. Os gimnospermas, grupo de plantas que inclui os pinheiros, estão entre os mais ameaçados.
O maior perigo é representado pela perda de hábitat provocada pelo homem, a maioria a conversão de hábitats naturais para cultivo e criação de gado. A atividade humana responde por 81% das ameaças, disse o pesquisador do Kew, Neil Brummitt.
Enquanto isso, um estudo realizado por dois autores australianos demonstrou que menos espécies de mamíferos do que o que se pensava podem se extinguir, especialmente aquelas ameaçadas por perda de hábitat. Diana Fisher e Simon Blomberg, da Universidade de Queensland, disseram ter identificado 187 mamíferos que estiveram "perdidos" desde 1500, 67 espécies das quais foram reencontradas. Seu artigo foi publicado no periódico Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences, revista da Academia de Ciências britânica.
"A extinção é difícil de detectar", ressaltou o estudo. "Espécies com grandes vácuos em seus registros de avistamento, o que as torna passíveis de ser consideradas extintas, frequentemente são redescobertas".
Os mamíferos afetados por perda de hábitat eram "muito mais propensos a ser desclassificados como extintos" do que aqueles afetados por predadores ou enfermidades introduzidos ou por sobrecaça. Consequentemente, impactos de perda de hábitat ou extinção provavelmente foram superestimados, especialmente no que diz respeito a espécies introduzidas", acrescentou.
Os autores disseram que esforços para caçar mamíferos extintos devem ser desviados das tentativas frequentemente infrutíferas para redescobrir espécies "carismáticas", como o lobo-da-austrália, um marsupial carnívoro, considerado o último exemplar morreu em 1936 na Tasmânia.
Na semana passada, os conservacionistas anunciaram que duas espécies de um sapo africano e de uma salamandra mexicana, que se temia estarem extintos no século passado, foram reencontrados por equipes de cientistas que exploravam lugares remotos, às vezes colocando-se em grande risco.
Fonte:Terra
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Vergonha: só 7 cidades têm 100% de acesso à coleta seletiva
Apenas sete, dos 5.568 municípios brasileiros conseguem atender toda a população com serviços de coleta seletiva: Santos (SP), Santo André (SP), São Bernardo do Campo (SP), Itabira (MG) e as capitais Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e Goiânia (GO). Os dados integram o estudo Ciclosoft 2010, desenvolvido pelo Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre).
Segundo o documento houve aumento de apenas 9,3% em dois anos no número de municípios que fazem coleta seletiva no país: eram 405 em 2008 e hoje são 443 (o total equivale a 8% dos municípios brasileiros). Realizada a cada biênio pela entidade, a pesquisa teve início em 1994.
De acordo com o estudo, cerca de 22 milhões de brasileiros têm acesso a programas municipais de coleta seletiva. No entanto, apesar do número de cidades com esse serviço ter aumentado em dois anos, na maior parte delas a coleta não cobre mais que 10% da população local.
O Ciclosoft 2010 também aponta que a concentração dos programas municipais de coleta seletiva permanece nasregiões Sudeste e Sul do país (86% das cidades). São 221 municípios que oferecem o serviço no Sudeste; 159 no Sul; 45 no Nordeste; 13 no Centro-Oeste; e 5 no Norte.
Listamos outros dados significativos: A coleta seletiva dos resíduos sólidos municipais é feita pela própria prefeitura em 52% das cidades pesquisadas; A maior parte dos municípios realiza a coleta seletiva de porta em porta (78%);Empresas particulares são contratadas para executar a coleta em 26%; Mais da metade (62%) apóia ou mantém cooperativas de catadores como agentesexecutores da coleta seletiva municipal; Dentre os apoios mais comuns, estão: equipamentos, galpão de triagem, pagamento de gastos com água e energia elétrica, caminhões, capacitações e auxílio na divulgação e educação ambiental.
Lei de Resíduos Sólidos
Embora a ineficácia da coleta seletiva na maior parte dos municípios brasileiros ainda seja evidente, a expectativa é de que o serviço melhore nos próximos anos, uma vez que seja aplicada a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A nova lei institui o princípio de responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, o que abrange fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, consumidores e titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.
O governo federal pretende investir R$ 1,5 bilhão em projetos de tratamento de resíduos sólidos, na substituição de lixões e implantação da coleta seletiva e no financiamento de cooperativas de catadores (a lei obriga os municípios a implantar a coleta seletiva em no máximo quatro anos). A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, informou que R$ 1 bilhão já está previsto no Orçamento de 2011 e que R$ 500 milhões virão da Caixa Econômica Federal.
Fonte: Terra
Maior usina eólica no mar entra em operação nesta quinta
A maior usina de energia eólica instalada no mar entra em operação nesta quinta-feira na costa de Kent, no sul da Inglaterra. As 100 turbinas gigantes devem gerar 300 megawatts, o suficiente para abastecer uma pequena cidade. As informações são do Daily Mail.
A nova usina transforma o Reino Unido no maior gerador de energia eólica proveniente do mar, produzindo mais energia que todo o resto do planeta neste setor. Segundo a reportagem, são gerados 5 gigawatts pelas usinas britânicas, o suficiente para abastecer cerca de 3 milhões de residências.
O governo planeja expandir ainda mais o uso desta energia limpa com um plano que prevê a instalação de mais 10 mil turbinas no oceano e gerar um terço de sua eletricidade de fontes renováveis até 2020.
Fonte:Terra
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Fontes de financiamento ambiental crescem no Brasil
Seguindo uma tendência mundial, bancos e instituições financeiras no Brasil estão abrindo linhas de crédito para projetos sustentáveis. A consciência dos impactos socioambientais que cada empreendimento gera na região na qual está inserido e o vislumbre de bons negócios tem feito com que banqueiros e empresários se unam em prol do desenvolvimento sustentável.
Esses investimentos oferecem vantagens financeiras que incluem taxas mais baixas e prazos maiores. Assim, quem planeja abrir ou ampliar a área de atuação com ênfase na proteção ambiental e desenvolvimento social já pode contar com planos especiais oferecido por bancos como o BNDES, Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e SUDENE.
Seja em forma de apoio não-reembolsável, como o Fundo Amazônia, a Iniciativa BNDES Mata Atlântica ou o Fundo de Desenvolvimento Tecnológico (FUNTEC), ou de apoio reembolsável, com a Linha de Apoio a Investimentos em Meio Ambiente, o Apoio a projetos de eficiência energética (PROESCO) e FNE Verde, são muitas as opções para o futuro empresário.
Os empreendimentos podem seguir diversos ramos, como agropecuária orgânica, incluindo a conversão dos sistemas tradicionais para orgânicos, geração de energia alternativa, manejo florestal, tecnologias limpas, estudos ambientais, reflorestamento, agrossilvicultura e sistemas agroflorestais, coleta e reciclagem de resíduos sólidos, implantação de sistemas de gestão ambiental e certificação, recuperação de áreas degradadas, entre outras.
Protocolo Verde
Essa nova proposta de investimentos ganhou reforço em 2009, quando os bancos brasileiros assinaram o Protocolo Verde. O documento prevê a concessão de financiamento apenas a setores comprometidos com a sustentabilidade ambiental, e os bancos assumem o compromisso de oferecer linhas de financiamento e programas que fomentem a qualidade de vida da população e o uso sustentável do meio ambiente.
Além disso, eles devem considerar os impactos e custos socioambientais na gestão de seus ativos e na análise de risco de cada projeto, bem como adotar medidas de consumo sustentável em suas atividades rotineiras, como gasto de papel, energia e insumos.
"Poderíamos financiar qualquer coisa que gere emprego e renda, mas queremos financiar emprego e renda boa", afirmou o superintendente da SUDENE, Paulo Sérgio de Noronha Fontana. Para ele, o futuro será de projetos cada dia mais limpos.
Quem concorda com o pensamento de Fontana é o gerente de suporte de negócios do BNB, Marcelo Ferreira. Ao apresentar as propostas do banco para projetos sustentáveis durante o Simpósio Internacional de Sustentabilidade, realizado em Salvador entre os dias 13 e 15 de setembro, ele ressaltou a importância do investimento em projetos com cunho socioambiental e defendeu o uso do crédito como um instrumento mitigador das diferenças sociais.
Esses financiamentos tem se mostrado vantajosos também no quesito econômico. "Segundo o Índice de Sustentabilidade da Dow Jones, investir em projetos com práticas socioambientais te dá um retorno 30% superior que o índice normal", informou o chefe de Deptº de Estudos Políticos de Meio Ambiente do BNDES, Márcio Macedo da Costa.
Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), essas aplicações são contabilizadas pelo Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) - uma carteira de ações que busca ser um referencial para os investimentos socialmente responsáveis.
O ISE tem por objetivo refletir o retorno das ações de empresas que investem na responsabilidade socioempresarial, e também atuar como promotor das boas práticas no meio empresarial brasileiro. Até o dia 15 de setembro deste ano, o índice registrou valorização de 1,93%. No ano passado, o indicador finalizou com elevação de 66,4%.
Tendência mundial
O pacto segue à tendência internacional de créditos verdes, já que desde os Princípios do Equador, criados pelo Banco Mundial em 2003, diversos bancos internacionais passaram a exigir, como condição para empréstimos, que seus clientes inserissem a variável ambiental em seus projetos de financiamento.
Grandes instituições financeiras mundiais, como ABN Amro, Bank of America, Barclays, BBVA, CIBC, Citigroup, HSBC, Mizuho Corporate Bank, Royal Bank of Canadá e Royal Bank of Scotland, já aderiram aos princípios.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Filhote de urso é salvo após 2 semanas com cabeça entalada em pote
Filhote de urso com pote na cabeça ao lado de irmão em Weirsdale (foto: FWC)
Um filhote de urso foi salvo na Flórida por um grupo de veterinários após passar mais de duas semanas com a cabeça presa em um pote de geléia.
O filhote, que recebeu o apelido de “Jarhead” (cabeça de pote, em inglês) teria ficado preso ao procurar comida em uma pilha de lixo na cidade de Weirsdale.
Segundo os veterinários da Comissão de Conservação da Pesca e da Vida Selvagem da Flórida (FWC, na sigla em inglês), o urso morreria em poucos dias se não fosse libertado do pote, por não conseguir comer ou beber água.
Para conseguir retirar o pote de sua cabeça, os veterinários precisaram primeiro sedar a mãe do filhote.
Moradores da região começaram a ligar para a FWC há duas semanas para relatar terem visto o urso com o pote preso à cabeça.
O filhote, com a mãe e dois irmãos, eram vistos regularmente procurando comida em depósitos de lixo de Weirsdale.
Armadilhas
Os veterinários haviam tentado capturar o urso com armadilhas, mas não tiveram sucesso.
Após oito dias de aparições na cidade e dois dias sem serem vistos, os especialistas começaram a temer pela vida do filhote.
Mas na sexta-feira, quando os ursos retornaram, a equipe da FWC foi chamada ao local.
Eles atiraram uma seta com tranquilizante na mãe ursa, antes de agarrar o filhote rapidamente, apenas pelo tempo necessário para retirar o pote de sua cabeça.
Os veterinários mantiveram depois a família de ursos sob vigilância por um dia antes de devolvê-los ao seu habitat natural.
“Ainda que pareça que esta história tem um final feliz, na realidade ilustra uma das piores coisas que podem acontecer quando animais selvagens se alimentam de lixo deixado pelos humanos”, afirma um comunicado na página da FWC na internet.
Fonte:http://www.bbc.co.uk/portuguese
Esse animal teve sorte, mas as pessoas não param pra pensar que aquele simples lixo que ela acredita ser inofensivo pode causar.
Eduardo M. Franco
Um filhote de urso foi salvo na Flórida por um grupo de veterinários após passar mais de duas semanas com a cabeça presa em um pote de geléia.
O filhote, que recebeu o apelido de “Jarhead” (cabeça de pote, em inglês) teria ficado preso ao procurar comida em uma pilha de lixo na cidade de Weirsdale.
Segundo os veterinários da Comissão de Conservação da Pesca e da Vida Selvagem da Flórida (FWC, na sigla em inglês), o urso morreria em poucos dias se não fosse libertado do pote, por não conseguir comer ou beber água.
Para conseguir retirar o pote de sua cabeça, os veterinários precisaram primeiro sedar a mãe do filhote.
Moradores da região começaram a ligar para a FWC há duas semanas para relatar terem visto o urso com o pote preso à cabeça.
O filhote, com a mãe e dois irmãos, eram vistos regularmente procurando comida em depósitos de lixo de Weirsdale.
Armadilhas
Os veterinários haviam tentado capturar o urso com armadilhas, mas não tiveram sucesso.
Após oito dias de aparições na cidade e dois dias sem serem vistos, os especialistas começaram a temer pela vida do filhote.
Mas na sexta-feira, quando os ursos retornaram, a equipe da FWC foi chamada ao local.
Eles atiraram uma seta com tranquilizante na mãe ursa, antes de agarrar o filhote rapidamente, apenas pelo tempo necessário para retirar o pote de sua cabeça.
Os veterinários mantiveram depois a família de ursos sob vigilância por um dia antes de devolvê-los ao seu habitat natural.
“Ainda que pareça que esta história tem um final feliz, na realidade ilustra uma das piores coisas que podem acontecer quando animais selvagens se alimentam de lixo deixado pelos humanos”, afirma um comunicado na página da FWC na internet.
Fonte:http://www.bbc.co.uk/portuguese
Esse animal teve sorte, mas as pessoas não param pra pensar que aquele simples lixo que ela acredita ser inofensivo pode causar.
Eduardo M. Franco
ES: pinguins são resgatados em praias de Vila Velha
Mais dois pinguins foram encontrados nas prais de Vila Velha, no litoral capixaba (ES). As aves foram estavam, neste domingo, nas praias da Ponta da Fruta e Praia da Costa. Os animais foram resgatados pelo Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes). Eles estavam debilitados, estressados, um deles coberto de óleo e com sinais de hipotermia.
As aves foram levadas para o Instituto Orca, que funciona na Praia da Costa. No local, os pinguins recebem tratamento e ficam em observação, sob o cuidado de veterinários. Em uma segunda fase da recuperação, os dois vão ser integrados ao grupo de pinguins salvos pelo Centro.
O diretor do Instituto Orca, Lupércio Barbosa, levou 12 pinguins para uma piscina no balneário de Guarapari. Os pinguins já haviam sido tratados no órgão. No local outras 32 aves já estão se recuperando.
"Quando começa a frente fria, eles vêm com força para o litoral. O mês de setembro é a época mais crítica, quando aparece o maior número de pinguins perdidos. Esse deslocamento acontece praticamente todos os anos.
Mas a interferência do homem faz aumentar a temperatura nas águas e eles ficam sem alimentos na região da Antártida. Então eles se deslocam para procurar sardinha no sul do Brasil, mas também não acham. Então ficam debilitados e ao sabor das correntes marítimas", explicou Lupércio.
Em 2008 as aves continuaram aparecendo no litoral do ES até os meses de outubro e novembro.
Fonte:Terra
domingo, 19 de setembro de 2010
Buraco na camada de ozônio está estável há dez anos, diz estudo
Abertura não aumentou, tampouco diminuiu no período.
Trabalho foi realizado pela Organização Mundial de Meteorologia
Um estudo da Organização Mundial de Meteorologia (OMM) revela na quinta-feira (16) que a camada de ozônio terrestre, que protege o planeta contra o excesso de radiação ultravioleta, ficou estável na última década, com o buraco em sua superfície mantendo o mesmo diâmetro, sem diminuir, nem aumentar.
Divulgado no Dia Internacional pela Preservação da Camada de Ozônio, o trabalho foi feito e revisado por 300 cientistas ligados ao órgão da ONU.
Ilustração com base em observações de satélites da Nasa permite identificar área do buraco na camada de ozônio acima da Antártida. (Foto: Nasa)O Protocolo de Montreal é apontado como um dos responsáveis pela preservação da camada pelos especialistas. O montante de substâncias degradadoras de ozônio, lançadas na atmosfera em 2010, foi cinco vezes menor do que o previsto pelo acordo de Kyoto para o período entre 2008 e 2012. O índice que leva em conta a diminuição das emissões expressas em CO2.
A expectativa é que a camada de ozônio volte a ser restaurada nas próximas décadas. Com a interrupção no aumentos dos buracos na Antártida e no Ártico, o nível da película protetora da Terra deve retornar durante o meio do século 21 ao padrão anterior a 1980, época da criação do Protocolo de Montreal.
Com as campanhas para substituição dos clorofluorcarbonetos (CFC), encontrados em geladeiras e latas de spray, a demanda substitutos como o hidroclorofluorcarbonos (HCFC) e hidrofluorcarbonos (HFC) cresceu, especialmente entre 2007 e 2008, segundo a OMM. O HCFC-22 é o exemplo mais abundante, com presença 50% maior no período na comparação com os anos de 2003 e 2004.
Trabalho foi realizado pela Organização Mundial de Meteorologia
Um estudo da Organização Mundial de Meteorologia (OMM) revela na quinta-feira (16) que a camada de ozônio terrestre, que protege o planeta contra o excesso de radiação ultravioleta, ficou estável na última década, com o buraco em sua superfície mantendo o mesmo diâmetro, sem diminuir, nem aumentar.
Divulgado no Dia Internacional pela Preservação da Camada de Ozônio, o trabalho foi feito e revisado por 300 cientistas ligados ao órgão da ONU.
Ilustração com base em observações de satélites da Nasa permite identificar área do buraco na camada de ozônio acima da Antártida. (Foto: Nasa)O Protocolo de Montreal é apontado como um dos responsáveis pela preservação da camada pelos especialistas. O montante de substâncias degradadoras de ozônio, lançadas na atmosfera em 2010, foi cinco vezes menor do que o previsto pelo acordo de Kyoto para o período entre 2008 e 2012. O índice que leva em conta a diminuição das emissões expressas em CO2.
A expectativa é que a camada de ozônio volte a ser restaurada nas próximas décadas. Com a interrupção no aumentos dos buracos na Antártida e no Ártico, o nível da película protetora da Terra deve retornar durante o meio do século 21 ao padrão anterior a 1980, época da criação do Protocolo de Montreal.
Com as campanhas para substituição dos clorofluorcarbonetos (CFC), encontrados em geladeiras e latas de spray, a demanda substitutos como o hidroclorofluorcarbonos (HCFC) e hidrofluorcarbonos (HFC) cresceu, especialmente entre 2007 e 2008, segundo a OMM. O HCFC-22 é o exemplo mais abundante, com presença 50% maior no período na comparação com os anos de 2003 e 2004.
Desenvolvimentismo ganha do meio ambiente nas eleições brasileiras
Faltam poucos dias para as eleições no Brasil, mas já existe um ganhador: o desenvolvimentismo dos dois principais candidatos, que deixou de lado na campanha os cruciais temas ambientais, embora pela primeira vez a terceira nas pesquisas seja a candidata do Partido Verde (PV).
Nos primeiros debates na televisão, os temas ecológicos foram marginalizados do discurso de Dilma Rousseff, candidata do Partido dos Trabalhadores (PT), com 53% das intenções de voto, e de seu principal adversário, José Serra, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), com 23%.
Pouco pode fazer a respeito a candidata Marina Silva, do PV, que fez do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável os eixos de sua proposta. A ex-ministra do Meio Ambiente (2003-2009) conseguiu arranhar os 9% das intenções de voto em um panorama eleitoral muito polarizado.
A campanha eleitoral entrou na reta final para as eleições do dia 3 de outubro e, se Dilma, a previsível ganhadora, não obtiver metade mais um dos votos, haverá segundo turno, no dia 31 de outubro, entre os dois mais votados. “Dilma e Serra provêm do desenvolvimentismo e industrialismo, por isso os assuntos ambientais não aparecem em suas primeiras linhas de discurso”, explicou à IPS Claudio Roberto Gurgel, especialista político, economista e professor de administração na Universidade Federal Fluminense.
William Gonçalves, catedrático de relações internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, afirmou que o desenvolvimentismo de Serra “é de cunho privatizante e liberal”, enquanto o de Dilma e “claramente estatista”. Claudio Roberto destacou que a candidata do PT, primeiro como ministra de Energia e depois como chefe da Casa Civil do governo de Lula, “foi uma das principais incentivadoras do investimento em infraestrutura”.
“Dilma é a principal artífice do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prioriza os investimentos em habitação, transporte, energia e recursos hídricos”, destacou o especialista. O presidente Lula lançou, em 2007, o conjunto de políticas do plano quadrienal, ao qual foram destinados este ano US$ 284 bilhões. Agora, a aposta foi redobrada com a iniciativa de lançar um PAC2, ao qual seriam destinados US$ 564 bilhões.
Para Aspásia Camargo, candidata a deputada estadual pelo PV no Estado do Rio de Janeiro, Marina Silva “não conseguiu” impor o debate sobre a questão ambiental porque “Serra e Dilma se negam a discutir sobre isso”. Aspásia disse à IPS que os meios de comunicação são cúmplices desse “pacto de silêncio” dos candidatos do PT e do PSDB sobre meio ambiente, e recordou que nos debates “não foram feitas perguntas” sobre o assunto.
“A tradição política no Brasil é criticar o desmatamento e os problemas de contaminação depois que os eleitos assumem, e não discuti-los durante a campanha”, explicou. “Dilma e Serra têm uma visão industrializadora dos anos 1950”, disse Aspásia, e por isso “veem como um progresso investir em usinas nucleares e hidrelétricas, em lugar de energias limpas”.
Para Claudio Roberto, a candidata verde não conseguiu maior apoio porque “não encontrou o tom de campanha. Marina Silva não parece uma candidata ideologicamente definida, não se sabe se é oficialista ou de oposição”, afirmou. Claudio Roberto também destacou que se tivesse assumido um papel claramente de oposição, teria batido de frente com Lula, cuja imagem pessoal e de governante é positiva para 80% dos 190 milhões de brasileiros.
Além disso, acrescentou, Marina Silva não esquece que foi por cinco anos ministra de Lula, embora tenha deixado o governo por suas abertas desavenças sobre o adiamento de projetos ambientais. William coincidiu em catalogar a candidatura do PV como “sem definição”. Marina Silva “atende a um setor do eleitorado que se comporta como grupo de pressão, e qualquer um que defende o meio ambiente terá seu apoio e o de seu partido”, acrescentou.
Adriana Ramos, secretária-executiva do independente Instituto Socioambiental (ISA), destacou que os programas e as ofertas do PT e do PSDB carecem de diferenças “do ponto de vista ambiental”. Considerou que a candidatura verde “trouxe, de alguma forma”, o assunto ambiental ao debate eleitoral sobre políticas públicas. Mas, como Aspásia, criticou o fato de “a imprensa, na hora de debater plataformas políticas, deixar o assunto de lado”.
Adriana reconhece como “positivo” o compromisso do governo de “reduzir a emissão de gases-estufa”, anunciado antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, realizada em dezembro de 2009, na cidade de Copenhague. Porém, criticou como “um retrocesso” negativo o projeto de flexibilização do Código Florestal em debate no Congresso, onde a bancada ruralista, que representa os grandes interesses agrícolas e pecuários, pressiona para reduzir as exigências de preservação ambiental a favor do agronegócio”. Justamente, este setor é o que maior crescimento experimentou no Brasil durante o primeiro semestre do ano.
Números do estatal Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o agronegócio representou US$ 30 bilhões do total do produto interno bruto no período janeiro-julho, que totalizou US$ 508 bilhões. O Brasil é o maior exportador de carne do mundo e um dos maiores exportadores de grãos. Essa expansão da agroeconomia se baseia em monoculturas intensivas e pecuária de grande escala.
Este modelo “é um sinal de como os governos do PSDB e do PT” veem o desenvolvimento do campo, em detrimento da “agricultura sustentável” e do cuidado ambiental, alertou Aspásia. “Nossa candidata é a única que aposta em investir forte nos biocombustíveis, como a celulose de cana-de-açúcar, e de fazer isso de maneira sustentável”, afirmou a dirigente regional do PV.
Entretanto, Claudio Roberto disse que Marina Silva “não assume uma posição clara” sobre este ponto, pois para produzir biocombustíveis “necessitará do agronegócio atual” e essa vinculação “pode lhe custar votos” entre a base ambientalista.
Fonte:www.ecofaxina.blogspot.com
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